quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mafra avança com novas escavações arqueológicas (Forte da Feira)

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Se a memória não nos atraiçoa o município de Mafra avança com a 6.ª intervenção em obras ligadas ao património que o projecto de defesa da 3.ª Invasão Francesa lhe deixou como herança. Depois do "Circuito da Enxara" (o qual envolveu a recuperação das obras n.ºs 28, 29 e do telegrafo da Serra do Socorro), sucedeu-se a recuperação do Forte do Juncal e do Forte do Zambujal (n.º 95).
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Neste momento a C.M. de Mafra encontra-se a trabalhar no Forte da Feira (inserido na 2.ª linha defensiva), com a apoio de jovens em regime de ocupação dos tempos livres e com o apoio dos alunos da licenciatura, do mestrado e do doutoramento em arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - uma excelente ideia para as partes envolvidas.
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Não podemos deixar de saudar mais esta intervenção que, segundo a informação disponível não estava prevista em sede de plataforma de intermunicipal de recuperação das linhas de torres (rota histórica), o que vem demonstrar que este municipio aposta na preservação, valorização e promoção deste patrimómio, a par de uma aposta forte de divulgação e realização de diversas iniciativas que têm contado com a adesão do público em geral (recriações históricas, exposições e visitas acompanhadas).
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Parece-nos um exemplo a seguir por outros muncípios, que se encontram para já mais atrasados (esperamos nós!).

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Estagnação ou Retrocesso?

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O prémio Nobel da Economia em 2008, Paul Krugman, escreveu recentemente um artigo no The New York Times intitulado «Estados Unidos às escuras» (leia aqui a versão traduzida pelo Jornal i), sobre as dificuldades financeiras que alguns organismos públicos locais americanos têm vindo a atravessar, as quais os impossibilitam de manter bens ou serviços públicos essenciais.
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A situação é de tal modo grave e desesperante que, com algum pragmatismo à americana envolvido, alguns municípios optam mesmo por cortar um terço da iluminação pública ou despavimentar estradas (substituindo alcatrão por gravilha) pois não têm meios financeiros que permitam a sua manutenção.

No nosso caso, todos sabemos e sentimos as dificuldades que o país atravessa. Os cortes impostos pela disciplina orçamental comunitária e pela gravidade da situação financeira portuguesa, europeia e mundial, têm ocorrido em várias áreas da admnistração central do estado - segurança social, passando pela educação, saúde e obras públicas -, mas poderão essas dificuldades levar as nossas instituições públicas a cortar naquilo que é mais básico e essencial?
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Estará o cidadão preparado para a possibilidade de um dia a sua rua ser apenas iluminada por um terço dos candeeiros, a recolha do lixo passar a ser feita 2 em 2 dois dias, parte das estradas regressarem ao estado deploravél que tínhamos há 10/15 anos atrás ou por simplesmente deixarem de ser alcatroadas para passarem a ser de gravilha?
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Para já assistimos à emergência de novas condicionantes financeiras/de financiamento, à estagnação económica e da realização de novas obras/investimentos públicos, devendo ter-se presente que os últimos investimentos em obras públicas foram feitos à custa de parcerias público-privadas e outras engenharias financeiros similares que se edificam na derrapagem da despesa no tempo (investimento inicial feito por terceiros, com alguma partilha de risco), cujas consequências e forma de pagamento ainda não são totalmente conhecidas ou seguras.
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Se a ameaça de falência das famílias, das empresas e até (técnica) do próprio estado português é latente e nalguns casos de empresas e famílias seja evidente, porque não colocar a hipótese de a breve prazo, depois de termos cortado no investimento, termos de cortar a fundo na despesa corrente, de manutenção? Ou não fosse disso exemplo (o mais mediático) a possibilidade de demolir (para já) um estádio de futebol, construído a peso de ouro e com dinheiro de todos para um fugaz Euro 2004.
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Face a estas e outras premissas, porque não colocar a hipótese de desligar parte da iluminação pública? Ou deixar de manter determinadas estradas? Deixar de garantir determinadas bens ou serviços ao nível da educação básica?
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Esperemos que a viabilidade do nosso país passe pelo progresso, crescimento, pelo desenvolvimento harmonioso e sustentável, ao contrário de converter a estagnação em retrocesso.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves

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O Conselho de Ministros aprovou (Despacho n.º 11125/2010) recentemente a constituição de um grupo de trabalho interministerial destinado à elaboração de um Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves, visando encontrar soluções de mobilidade que garantam maior sustentabilidade.
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Este grupo terá de apresentar resultados até ao final do ano. Esperemos que assim seja, pois o nosso país carece de uma orientação global que leve a uma aposta séria a este nível e que traga alguma uniformização nas soluções a adoptar.

Ambiente Para Jovens Europeus

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A Comissão Europeia, no que diz respeito ao Ambiente, tem no sítio electrónico oficial uma área dedicada aos mais novos, com informação interessante e até alguns jogos para passar um bom bocado e ao mesmo tempo apreender a valorizar e a respeitar o meio ambiente (carrega aqui para visitar).
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Aproveitem também os mais velhos para passar por lá!