sexta-feira, 17 de setembro de 2010

«Concurso para exploração das piscinas do Forte da Casa lançado em Setembro»

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Noticia o jornal O Mirante, na sua edição online do dia de hoje, que a exploração da piscina do Forte da Casa irá a concurso durante o mês de Setembro.
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À parte dos pormenores que, supostamente, envolvem esta medida anunciada pela senhora presidente da C. M. Vila Franca de Xira, cumpre recordar que esta piscina foi inaugurada e construída à pressa, a tempo das últimas eleições autarquias (realizadas em Outubro do ano transacto). Como a memória ainda não nos atraiçoa, temos ideia precisa que no dia do corte da fita as obras de acabamentos ainda decorriam e decorreram por alguns dias, depois de semanas a fio de intensa labuta diurna e nocturna (sabe-se lá com que custos acrescidos) que visaram garantir o momento político.
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Se é certo que o momento político foi conseguido e já lá vai, de então para cá passaram 12 longos meses de avanços e recuos, de completa indefinição, de pura e total desorganização, tendo a edilidade chegado a referir que o equipamento não tinha procura suficiente que justificasse a sua abertura plena (tal como oportunamente já perguntamos: como é possível nosso país fazer-se um investimento destes sem se estudar/saber se terá procura?). Esta agonia parece ainda não ter terminado. Trata-se de um espaço que tem passa maior parte do tempo fechado, sem utilização digna de grande registo e cuja falta de plano de organização e exploração encontra espelho neste concurso agora lançado. Ora se anuncia que a gestão ficará a cargo de privados, como será efectuada pela própria C.M. .
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Mais um pesado investimento público, em que a máxima é o logo se verá o que fazer...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Recessão na Saúde: fortenses obrigados a recorrer a Alverca para receber cuidados de saúde (actualização)

Segundo uma notícia publicada na edição online do jornal Público, a Câmara de Vila Franca de Xira terá encetado contactos junto da ministra da saúde no sentido de reverter o fecho ao fim-de-semana e redução de horário durante a semana das urgências no centro de saúde da Póvoa de Sta Iria (confira aqui a notícia publicada).

Esperemos que tenha algum impacto, num momento em que todos os esforços são importantes para reverter mais uma perda importante ao nível da saúde no nosso concelho.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Adensa-se a pressão e a dúvida sobre o destino da RNET

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No espaço de dois meses passaram pelas águas do Tejo integradas na Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) figuras importantes do panorama político nacional. Primeiro uma comitiva composta por António Costa (presidente da Câmara de Lisboa), Luís Patrão (presidente do Turismo de Portugal), acompanhados dos presidentes das câmaras de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira, bem como do presidente do Turismo de Lisboa e do Instituto da Conservação da Natureza, tendo em vista a implementação naquela área de um pólo de turismo sustentável.
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Depois, num segundo momento (dia 04/Set./2010), uma delegação do Bloco de Esquerda, onde marcavam presença Rita Calvário e Francisco Louçã (deputados à Assembleia da República) e outros elementos do partido, desceu o rio manifestando aos jornalistas as suas preocupações face às intenções do Estado, da Câmara de Vila Franca de Xira e entidades de ordenamento do território (vide notícia publica pelo jornal regional O Mirante aqui).
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Considerando o adensar dos intentos, essencialmente sobre a área da margem direita e mouchões integrados no território do município de Vila Franca de Xira, face à sua riqueza e importância estratégica não só para o referido concelho mas também para o país e a nível internacional (basta lembrar que está classificada como Zona de Protecção Especial; Rede Natura 2000; integra a lista de Sítios da Convenção de Ramsar) importa ter presente e acompanhar de forma mais vigilante as investidas e os processos que envolvem este tema.
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No que diz respeito ao município de Vila Franca, importa destacar que:

  • Não há até ao momento qualquer informação ou esclarecimento oficial aos cidadãos e qualquer intenção de discutir ou promover sessões de esclarecimento (com a presença de especialistas e responsáveis) sobre as intenções em coagitação;

  • Os projectos defendidos para os mouchões no passado eram negativos, penalizavam o meio ambiente e não promoviam ou preservavam vinham antes delapidá-lo;

  • O projecto de requalificação ribeirinha entre Alhandra e a Póvoa de Sta Iria (ainda que essas áreas não integrem a RNET), em curso, far-se-á em proporção muito relevante à custa de parcerias pouco claras com privados e de urbanização de áreas com valor ambiental, sendo ainda desconhecidos os reais contornos dos projectos e os seus impactos (informação diminuta e incipiente);

  • Não existe uma orientação estratégica sustentada e de futuro sobre o destino a dar a tão importante património.

Os Amigos do Forte prometem estar vigilantes.

Não deixe de acompanhar e participar activamente nas questões que envolvem este tema.

Neste âmbito propomos que visite a página oficinal da Reserva Natural do Estuário do Tejo, onde poderá ficar melhor esta área e conhecer as suas potencialidades (carregue aqui).

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Recessão na Saúde: fortenses obrigados a recorrer a Alverca para receber cuidados de saúde

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Numa semana em que Vila Franca de Xira assistiu com toda a pompa e circunstância ao lançar da primeira pedra do novo Hospital de Vila Franca de Xira (uma necessidade antiga), na qual estiveram presentes o primeiro-ministro e ministra da saúde, as freguesias a sul do concelho receberam a notícia que o acesso aos cuidados de saúde dos cidadãos que ali residem irá ficar fortemente prejudicado pois, a partir do dia 01 de Setembro, os fregueses da Póvoa de Sta Iria, Forte da Casa, Vialonga e Alverca terão apenas disponível um centro de saúde para responder às urgências de saúde (o chamado atendimento complementar) ao fim-de-semana e durante a semana o centro da Póvoa de Sta Iria, que serve também o Forte da Casa e Vialonga, vê o seu horário de atendimento encurtado em 2 horas (passa atender das 17h às 20h) o que irá limitar o acesso a milhares de cidadãos que não terão assim possibilidade de ser atendidos.

A justificação apresentada pela directora do agrupamento dos serviços de saúde de Vila Franca de Xira passa desta vez pela falta de recursos humanos, mas poderia ser tão simplesmente por motivos de eficiência económica ou outros. Certo é que o cidadão tem um serviço de saúde cada vez de menor qualidade. Se é verdade que há cerca de uma década se dotou e investiu fortemente na construção de centros de saúde novos na maioria das freguesias concelhias, com maior capacidade e valências, nos últimos tempos temos vindo, alegadamente por falta de meios, a assistir ao progressivo decréscimo da manutenção dos serviços (capacidade instalada) e da qualidade que lhe está associada.
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Caso especialmente grave é o dos cidadãos do Forte da Casa, que há cerca de 3 anos deixaram de ter na sua freguesia urgências. Na altura, por questões de racionalização de meios foram obrigados a recorrer ao Centro da Póvoa de Sta Iria (o qual ficou assim a servir 3 freguesias; as referidas e Vialonga). Agora os cidadãos do Forte da Casa são novamente empurrados para outro centro de saúde, neste caso o de Alverca, que passa a responder às necessidades de 4 freguesias.
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Exmos senhores responsáveis da saúde deste país e das autarquias locais referidas, lembramos que as freguesias abrangidas representam cerca de 70% da população residente no concelho, num total que rondará os 83.000 habitantes.
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Não merecerão estes cidadãos outro serviço de saúde?
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Ficam os edifícios, as construções, os investimentos financeiros, perde-se progressivamente o serviço de saúde. Porquê? Porque não há médicos ou outros recursos humanos suficientes ou porque não há disponibilidades financeiras para manter tudo a funcionar.
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É tempo de apreender com os erros do passado, dos responsáveis políticos serem sérios no estabelecimento prioridades e na hora de investir. Onde estão as análises custo-beneficio, os estudos de viabilidade económica e finanaceira ou a avaliação dos custos de oportunidade?
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Parece que alguns responsáveis ainda não aprenderam ou não querem aprender com os erros do passado, pelo menos se considerarmos o exemplo da recentemente inaugurada piscina do Forte da Casa, a qual passa maior parte do tempo fechada. Sabe porquê? Pasmem-se os caros concidadãos, dizem os responsáveis políticos que não há procura! Resta saber em que estudos económicos se suportou a decisão de construir.
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Deixamos aqui algumas notícias publicadas na comunicação social: