sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS!!


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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Munícipe de Vialonga apresenta plano de ordenamento de trânsito para a freguesia

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Notíciava o jornal O Mirante na sua edição online de 04 de Novembro de 2010, que um reformado, o cidadão João Bigode, «deitou mãos à obra e criou um plano de ordenamento de trânsito para Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira. Um dos objectivos do documento é aliviar a carga automóvel na principal estrada que atravessa a freguesia. Acrescenta que apresentou a ideia à câmara municipal, que por sua vez achou o projecto tão interessante que está analisá-lo.»
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Antes de reproduzirmos a reportagem publicada, cabe saudar a iniciativa deste concidadão. São contributos como estes, espontâneos e deslocados da mera iniciativa político-partidária que vem provar que os cidadãos, por si só, também têm vontade e capacidade de assumir as suas responsabilidades e outrossim darem o seu contributo com base na experiência profissional, de vida e da vivência do dia-a-dia nas comunidades em que se inserem.
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Este é um precioso recurso/contributo que, ainda mais em tempos de crise, deve ser aproveitado. A administração local não pode continuar de costas voltadas para os cidadãos, maquiando a participação cívica com pseudo-consultas públicas, pseudo-envolvimentos, deve antes governar para e com estes, pois só assim pode resolver de forma adequada (e eficiente) os desafios que se lhe colocam, pagando, por vezes, quantias astronómicas a empresas e consultoras para fazer algo que um cidadão pode fazer sem custos, com motivação e sabedoria.
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Será difícil que todo o cidadão seja capaz, como João Bigode, de apresentar soluções claras e tecnicamente fundamentadas e em tempo, mas alguns estarão disponíveis e à altura de o fazer individualmente ou em grupo. Mesmo os pequenos contributos e mera auscultação tem de ser uma ferramenta à qual os organismos locais têm de recorrer.
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Esperemos que após o entusiasmo inicial, com impacto mediático adequado ao momento, a Câmara de Vila Franca de Xira e demais entidades locais envolvidas se debrucem verdadeiramente sobre este trabalho e que façam dele contributo, ferramenta e, quem sabe, solução de um problema.
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Esperemos que não tenha este plano o mesmo destino que teve uma proposta d' Os Amigos do Forte, de criação de uma rede de circuitos pedonais e cicláveis, em Junho de 2009, que não passou do entusiasmo das reuniões públicas de câmara e freguesia, e que viu com o tempo cair por terra a intenção de reunir e trabalhar sobre o documento apresentado.
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Reprodução da reportagem:

«Limitar a circulação automóvel a um único sentido nas ruas Primeiro de Maio, Egas Moniz e Coronel Lobo da Costa, em Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, criar melhores acessos às vizinhas freguesias do Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria e pugnar pela construção do nó dos Caniços que servirá de ligação à Auto-Estrada do Norte (A1) são alguns dos objectivos do plano de ordenamento de trânsito de Vialonga.

O documento está a ser analisado na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e tem a particularidade de não ter sido criado por um engenheiro ou doutor. João Bigode, 62 anos, reformado, desenhador da Mague durante 30 anos, passou recentemente para o papel uma ideia que lhe ocupava a mente há quase cinco anos: sugerir uma alternativa de trânsito que alivie o tráfego automóvel no centro de Vialonga e facilite a sua ligação com as freguesias vizinhas.

Garante que não o fez por publicidade ou dinheiro, mas apenas por querer ver a freguesia onde nasceu livre da poluição automóvel. “Eu deparo-me com imenso tráfego no interior da vila e sobretudo nas horas de ponta vive-se um pandemónio”, conta a O MIRANTE. A sua solução, refere, servirá mais de 70 mil pessoas das freguesias de Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga.

“Com o nó dos Caniços conseguiríamos que muitos condutores destas três freguesias não tivessem de se deslocar ao nó de Alverca para sair da auto-estrada, por exemplo. Todos ficariam a ganhar”, refere.

Além da restrição da principal via de atravessamento de Vialonga a um único sentido João Bigode defende ainda um alargamento de algumas rotundas e artérias, bem como uma variante à localidade de Alpriate. A existência de passadeiras em relevo nas vias interiores e a renovação da sinalética existente na freguesia são outras das sugestões do munícipe.

Passar o projecto da mente para o papel foi rápido, demorou pouco mais de dois meses. “Foi só cartografar, assinalar os locais e explicá-los. Isto que estou a fazer é apenas a exercer a minha cidadania. Lembrei-me de contribuir, apenas isso, e como sou um munícipe que não estou agarrado a nenhuma força política estou à vontade para dizer bem do que está bem e mal do que está mal”, confessa.

O reformado ficou surpreendido quando a 25 de Agosto a vereação da câmara municipal lhe teceu alguns elogios quando apresentou o projecto numa reunião de câmara. “Também já falei com o presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria (Jorge Ribeiro) e do Forte da Casa (António José Inácio), que me disseram que temos aqui óptimas soluções, que é um bom projecto, mas estas coisas têm de ser bem analisadas”, adianta. Em estudo João Bigode já tem uma “segunda fase” do seu plano, que envolve uma variante a norte de Vialonga

Economia Verde

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O Observatório do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013 e o jornal Oje, publicaram a quarta edição do suplemento QREN OJE que aborda a temática da Economia Verde.
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Segundo estes, «a Economia Verde, enquanto modelo de desenvolvimento económico assente na sustentabilidade, assume particular relevo no actual contexto, sobretudo nos países desenvolvidos, onde se procuram encontrar novas formas de crescimento (e.g. é um dos pilares da Estratégia 2020 da UE) e tem marcado as discussões nas mais relevantes organizações internacionais, da OCDE à Organização de Países da Ásia e do Pacífico».
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Carrega aqui para aceder e ler mais uma edição deste suplemento, que inclui participações de especialistas, entrevistas a entidades envolvidas no QREN e a apresentação de alguns casos de sucesso de várias empresas de todo o país. Para ler edições anteriores aceda aqui.
Um conceito e tema a acompanhar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Prós e Contras" (RTP1) Debate Cidadania

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Amanhã, Segunda-feira (dia 6 Dez.), o programa "Prós e Contras" da RTP1, dirigido por Fátima Campos Ferreira, irá discutir um tema que nos diz muito: a cidadania.

O debate terá como pano de fundo os tempos de crise e, entre medidas de austeridade, o designado maior programa de debate da televisão portuguesa dará voz aos portugueses. Isto é, procurará ouvir a sociedade civil, as suas visões e propostas do cidadão comum.

Diz o ditado "que mais vale tarde do que nunca", no entanto, cumpre frisar que este debate, que irá ocorrer numa televisão que é pública, vem um pouco tarde. Após anos a fio a ouvir, dar voz e minutos àqueles que nos governam, só agora o Prós e Contras vem convidar a outra face do sistema, o destinatário das políticas públicas (que são também parte activa na sua definição), isto é, só agora o cidadão é convidado a manifestar a sua opinião e entendimentos sobre a gestão da coisa pública.

Este envolvimento nos assuntos da comunidade não deve apenas surgir em tempo de crise, deve ser uma prática corrente, constante e profundamente enraizada no seio da classe política e da sociedade civil.

Um debate, apesar de tudo, a acompanhar.

"Os Automóveis são os Donos das Cidades"

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No passado dia 24 de Outubro, o jornal Público, publicou na sua edição online uma interessante entrevista ao especialista espanhol em ecologia urbana, Francisco Cárdenas (clique aqui para aceder) na qual é feito um diagnóstico alarmante sobre a pressão que a excessiva dependência do autómovel o espaço público.

Para termos uma ideia desse avanço e da batalha que temos de travar, o referido especialista afirmou que «nas cidades actuais os automóveis privados já ocupam cerca de 70 por cento do espaço público. Um dia, isto será insustentável. Em Espanha, há cidades que já mudaram radicalmente. Portugal está a tentar».

Acrescentou que «agora, nas cidades, há peões ou condutores: não há cidadãos. Após enunciar alguns modelos de sucesso, como o da cidade de Barcelona, os passos dados nos últimos anos em Portugal e aquilo que há a fazer, quando o jornalista lhe perguntou que parte cabe ao cidadão neste processo, respondeu: «cabe a parte de reivindicar a cidade para si, de reivindicar o direito de sair à rua sem medo de ser atropelado, de poder caminhar numa cidade com qualidade de ar, sem ruído excessivo. É preciso consciencializarem-se de que não podem circular por todo o lado e ainda ter tudo».

Lutemos por um espaço que é nosso e façamos recuar o avanço dos automóveis, reconquistando espaço para as pessoas, construindo assim uma cidade ecologicamente sustentada, civilizada e humana.

"Câmara de Vila Franca de Xira apela aos moradores para deixar lixo em casa"

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No jornal O Mirante:
«Os moradores do concelho de Vila Franca de Xira estão a ser aconselhados pela presidente da Câmara Municipal, Maria da Luz Rosinha, a não colocar lixo nos contentores aos sábados.

O apelo surge numa pequena carta remetida em conjunto com a última factura dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), onde a presidente do município apela à população que nas noites de sábado “não coloque o lixo nos contentores”. A medida diz respeito aos resíduos sólidos urbanos, vulgo lixo doméstico e é uma consequência da “interrupção da recolha aos domingos para descanso dos trabalhadores municipais afectos a este serviço e redução de despesas”.

O documento apela aos moradores para acondicionar os lixos em sacos de plástico e que a sua deposição seja feita entre as 20h00 e as 24h00. “Agradecemos desde já a vossa melhor compreensão e colaboração para esta medida, pois juntos conseguiremos um melhor ambiente para todos”, conclui a edil no folheto.

O apelo, porém, já está a gerar críticas, especialmente entre os moradores dos maiores bairros habitacionais do concelho, na Póvoa de Santa Iria, Alverca e Vila Franca (Bom Retiro e Povos). Na última reunião pública do executivo, realizada na tarde de 2 de Dezembro, o assunto voltou a ser abordado pelos vereadores da CDU, que voltaram a apelar aos responsáveis socialistas para melhorarem a recolha.»

Antigo Parque Industrial da Previdente Transformado em Centro Comercial

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No passado dia 2 de Novembro o jornal Público publicou um artigo «0 antigo parque industrial da Previdente, em Alverca, que já empregou perto de 1500 trabalhadores em diversos domínios da metalurgia, deverá em breve transformar-se num grande centro comercial.
O projecto, da responsabilidade da empresa Indústrias Metálicas Previdente, está em avaliação de impacto ambiental e a consulta pública termina na próxima quinta-feira. Contempla um complexo comercial com 108 lojas, 36.500 metros de área de construção, a promessa de 1179 postos de trabalho directos e estimativas de quase 60 milhões de euros de vendas anuais. O empreendimento prevê ainda a cedência de uma área de 13,5 hectares à Câmara de Vila Franca de Xira para criação de um grande parque urbano na frente ribeirinha compreendida entre a Linha do Norte e o Tejo.

As empresas que já funcionaram no parque da Previdente, situado na entrada Norte de Alverca à beira da Estrada Nacional 10, foram progressivamente desactivadas e já há perto de 10 anos que não há ali actividade fabril. Os velhos pavilhões industriais degradaram-se progressivamente e os espaços exteriores chegam até a servir de pasto para rebanhos de ovelhas.

Nos últimos anos, o grupo Previdente alimentou a ideia de transformar cerca de 7,5 hectares num grande complexo comercial, mas a necessidade de criar novos acessos dificultou o processo. O complexo desenvolve-se em dois pisos, com os espaços comerciais distribuídos em torno de uma praça central e de uma galeria. O piso superior inclui terraços com vista para o Tejo. Para além das 108 lojas, contempla cinemas, uma grande superfície da rede Intermarché e áreas de restauração. Segundo os promotores criará 1179 postos de trabalho directos e cerca de 2100 empregos indirectos.

Os impactes mais significativos identificados pelos autores do estudo de impacte ambiental (EIA) verificam-se ao nível das emissões poluentes e dos ruídos originados na fase de construção e da circulação de maquinaria ligada às obras. O estudo recomenda que se evite este tráfego nas horas de maior congestionamento da EN 10, um compromisso de reparação das vias existentes após a conclusão do centro comercial e a elaboração de um plano de monitorização do ruído.
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Para além das consequências negativas directas da criação deste centro comercial, recordamos que a sua concretização traz a si associada uma nublosa parceria com o município de Vila Franca de Xira no âmbito do projecto de requalificação da frente ribeirinha da zona sul do concelho ,como temos vindo a insistentemente denunciar.

Fotos da Inanuguração do Centro Interpretativo do Forte da Casa