terça-feira, 25 de dezembro de 2012

1 165 Freguesias vão acabar. Forte da Casa é uma delas


«As 250 propostas de alteração à lei apresentadas pelo PCP, que obrigaram a uma maratona na votação parlamentar, foram todas rejeitadas

As propostas de alteração apresentadas pelo PCP pretendiam a eliminação de todos os artigos referentes à agregação das juntas de freguesia na lei proposta pelo Governo e aprovada pelo PSD e pelo CDS-PP.

O voto contra dos grupos parlamentares social-democrata e centrista foi suficiente para bloquear as propostas comunistas, apesar do voto a favor da generalidade da oposição.

O PS tinha já afirmado que, em sede de especialidade, só votaria a favor de alterações a mudanças dos limites territoriais de freguesias nos casos em que as respetivas populações tenham sido consultadas e emitido parecer favorável.

Na maratona de votação iniciada às 13:10 e concluída mais de cinco horas depois, às 18:15, apenas foram aprovadas propostas de alteração ao mapa das freguesias propostas pela maioria parlamentar, nomeadamente relativas aos concelhos de Alcobaça, Covilhã, Penafiel, Penalva do Castelo, Pinhel, Torres Vedras e Vila Verde.

A lei 320/XII foi aprovada na generalidade a 07 de dezembro, também com os votos contra de toda a oposição.

O novo mapa prevê a redução de 1.165 freguesias das 4.259 atualmente existentes, sendo esta alteração a faceta mais polémica da reforma administrativa que o Governo iniciou em setembro do ano passado.

O Governo pretendia que o mapa de freguesias fosse aprovado até ao fim do ano, de forma a não colocar em causa as eleições autárquicas que se realizam em outubro do próximo ano, como revelou à Lusa, em setembro, o secretário de Estado do Poder Local e da Reforma Administrativa, Paulo Júlio.

O novo mapa corresponde, genericamente, à proposta que a Unidade Técnica de Reorganização Administrativa submeteu à Assembleia da República no início de novembro.»
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Elogio ao Corredor Verde de Lisboa e ao Arq. Gonçalo Ribeiro Telles


Passados 30 anos, o denominado Corredor Verde de Lisboa, que liga Monsanto ao Parque Eduardo VII, vê hoje a luz do dia.

Uma ideia de Gonçalo Ribeiro Telles, arquiteto paisagista que esteve em matéria ambiental e conceito de cidade muito à frente no seu tempo e que neste tempo, que também é dele, continua a estar mais além.

A concretização deste corredor vem provar que Portugal anda a reboque do tempo e normalmente 20 a 30 anos atraso em relação às melhores práticas.

Este é também o homem que destacava (e destaca) a importância das hortas de Lisboa (os jardins de Lisboa). Depois de um período em que a cidade teve outras prioridades, eis que cá estamos nós a discutir a importância das hortas urbanas e o poder local a promovê-las.

Por outro lado, este foi também o pai "da agora ameaçada" Reserva Ecológica Nacional (REN). Aqui antevê-se um retrocesso, mas isso é algo que também marca o nosso tempo (sobre esta matéria deixamos aqui a opinião do Arq. Ribeiro Telles em entrevista à Rádio Renascença: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=89028).

sábado, 8 de dezembro de 2012

Imagens da inauguração do EVOA - Espaço de Visitação e Observação de Aves




Deixamos aqui a ligação a algumas imagens do jornal O Mirante, da inauguração do  do EVOA - Espaço de Visitação e Observação de Aves, localizado em Vila Franca de Xira, na Ponta da Erva, concretamente na margem esquerda do Rio Tejo, adentro do Parque Natural do Estuário do Tejo.




Deixamos igualmente os esclarecimentos prestados pela CMVFX sobre o espaço:   

«Localizado no coração da mais importante zona húmida de Portugal, o estuário do Tejo, o EVOA - Espaço de Visitação e Observação de Aves -, inaugurado no dia 1 de dezembro de 2012, permite que os visitantes conheçam e desfrutem do património único, existente entre a lezíria e o estuário do Tejo.



No EVOA estão integradas três zonas húmidas de água doce, num total de 70 ha. Estas lagoas são muito importantes para as aves, sendo utilizadas como área de refúgio ou mesmo como local de nidificação. De modo a garantir a tranquilidade das aves e a maximizar a experiência e conforto na visitação, estão disponíveis três observatórios nas margens das lagoas, diversos pontos de observação camuflados e um Centro de Interpretação.

O Centro de Interpretação, para além de acolher os visitantes, convida-os a conhecerem a exposição permanente - EVOA, onde o mundo encontra o Tejo - e a participarem em diversas atividades complementares à observação de aves.

Mas a experiência começa ao entrar na Lezíria Sul de Vila Franca de Xira: no contraste entre paisagens, na conjugação da tradição com a inovação e, é claro, na variedade de espécies que se alimentam ou refugiam nas valas, campos agrícolas e pastagens da lezíria, dando as boas vindas a todos os que percorrem este espaço fascinante!

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira é parceira do projeto EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, no âmbito do protocolo com cinco parceiros - Aquaves, ABLGVFX, CL, ICNF/ RNET e LPN, sendo o projeto financiado pela BRISA e FEDER (QREN – POR Lisboa) através da Medida “Gestão Ativa de Espaços Protegidos e Classificados”.

Para mais informações visite www.evoa.pt
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domingo, 2 de dezembro de 2012

Lei para juntar câmaras municipais em 2013



«Em Janeiro, a maioria apresenta uma iniciativa para agregar câmaras. O facto de 2013 ser tempo de eleições autárquicas não preocupa os proponentes. Uma decisão que promete polémica com os autarcas.

Primeiro foram as freguesias, agora o Governo quer levar a agregação aos municípios. Os dois partidos do Governo, PSD e CDS-PP, vão apresentar em Janeiro uma lei-quadro para a criação, agregação, fusão e alteração dos limites territoriais dos municípios e das freguesias.

E o que é uma lei-quadro? É uma lei de valor reforçado a que a outra legislação sobre o mesmo assunto tem de obedecer e vale mais do que as outras leis ordinárias.

"Trata-se de uma lei que já nada tem a ver com a reforma da administração local, nem com o memorando da troika", explica o deputado do PSD e vice-presidente da bancada parlamentar, Carlos Abreu Amorim, revelando que esta lei-quadro vai fazer o enquadramento de tudo aquilo que ficou fora da reforma.

Na sua opinião, "é uma lei para vigorar daqui para a frente no caso de haver municípios ou freguesias que desejem vir a ser reagrupados", diz o deputado. Que se mostra convencido de que, "ao abrigo da lei-quadro, muitas freguesias vão querer agregar-se para ganhar massa crítica, isto porque a lei da agregação vai continuar".

Eleições autárquicas não serão problema

Por outro lado, sublinha que "a agregação é uma soma: tudo o que pertencia a A, B ou C passa a pertencer apenas a uma só entidade", afirma aludindo à eventual fusão de municípios. E prossegue: "A lei 22/2012, de 30 de Maio, que fixa e define os parâmetros, princípios e métodos que 'presidiram ao imperativo' da reorganização territorial das freguesias, vai continuar por vontade própria das freguesias e dos municípios". Essa é, pelo menos, a sua convicção.

O facto de se avançar com uma lei destas em 2013, ano de eleições autárquicas, não coloca objecções. Carlos Abreu Amorim desvaloriza a questão e mostra-se mesmo convicto de que "se vai travar uma grande discussão do poder local". O deputado separa águas e afirma que a actual reforma, ainda em curso, foi muito marcada pela pressão temporal e por uma obrigatoriedade que decorria do memorando da troika.
"Agora é preciso preparar uma nova lei sem a pressão de timings tão apertados", defende o parlamentar, que reconhece que "esta reforma só pode ter sucesso se forem criados estímulos e contexto para que a agregação seja bastante favorável para as populações".

Exemplo Porto-Gaia

O deputado recorre a um exemplo que é sistematicamente apontado, a fusão das cidades do Porto e de Gaia, para justificar o avanço da lei-quadro. No caso desta lei-quadro - sublinha -, não há um imperativo, como acontecia na reforma das freguesias e que implicava a redução de autarquias locais.
Carlos Abreu Amorim destaca que há uma disparidade entre municípios grandes e pequenos e que Portugal (com 308 câmaras) é o segundo país da Europa com menor relação entre território e habitante. A Bélgica - contrapõe - "é mais pequena que Portugal e tem mais municípios do que nós."

Dirigente da Associação dos Municípios garante polémica

"A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) não pode aceitar de ânimo leve esta medida, decidida em cima da hora, de reduzir o número de municípios sem um estudo profundo sobre uma verdadeira reorganização administrativa". Castro Fernandes (PS), presidente da Câmara de Santo Tirso e membro do conselho directivo da ANMP, diz que se trata de "um verdadeiro disparate" e avisa que a medida desencadeará uma polémica superior à que ocorreu com as freguesias.

Salvaguardando que fala na qualidade de presidente da Câmara de Santo Tirso e não como dirigente da associação nacional de municípios, Castro Fernandes reforça, em declarações ao PÚBLICO, que "o presidente da ANMP, Fernando Ruas (PSD), não aceita este tipo de iniciativa sem que a associação seja ouvida". Adivinhando uma profunda contestação, o autarca censura a medida por ter sido tomada "em cima do joelho" e afirma que o princípio que defende em relação aos municípios é o mesmo que foi reclamado para as freguesias.

"É um perfeito disparate andarmos a correr a criar mais um factor de divisão entre autarquias, câmaras e administração central", critica Castro Fernandes, que integra a direcção da Associação Nacional dos Autarcas do PS. Insistindo na necessidade de se alicerçar uma medida destas com um "estudo sustentado", o autarca garante que, até agora, "ninguém conhece nem ouviu falar de um estudo profundo e fundamentado sobre a redução de municípios". E pergunta: "Onde é que ele está?".Surpreendido com a intenção do Governo, o dirigente da ANMP vinca que os autarcas são, obviamente, a favor da reorganização do Estado, mas também entende que uma "reforma estrutural tem de começar pela regionalização e só depois será possível avançar-se para a reforma do Estado de uma forma ajustada à realidade".»

Fonte: http://www.publico.pt/politica/noticia/lei-para-juntar-camaras-municipais-em-2013-157579

PSD e CDS surpreendem e colocam à votação o diploma de extinção de freguesias na próxima semana


«Socialistas discordam da proposta e antecipam que vão votar contra. Ainda não se sabe ao certo quantas freguesias vão ser extintas.

A Assembleia da República vota na próxima sexta-feira o projecto de lei sobre a reorganização administrativa do território das freguesias, no âmbito de um agendamento potestativo apresentado pelos partidos da maioria (PSD/CDS-PP). Mas o debate sobre este diploma faz-se na véspera.

Segundo o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, o "projecto de lei implementa em concreto" a reorganização administrativa das freguesias e a intenção do Governo é ter a lei sobre a agregação de freguesias completamente pronta em Janeiro.

Para já, o diploma será apenas votado na generalidade e só mais tarde será votado na especialidade. "Vamos abrir em Dezembro o processo de espacialidade da lei e de atribuições de competências dos municípios e freguesias e das comunidades intermunicipais, que poderá ocorrer talvez no dia 14 de Dezembro, ficando a lei pronta em Janeiro", explicou Carlos Abreu.

Quanto às freguesias que vão ser agregadas, ainda não existe um número definitivo neste momento, mas quando a proposta for discutida na quinta-feira já incluirá a totalidade das freguesias a agregar. É que, segundo explicou ao PÚBLICO o vice-presidente da bancada do PSD, falta ainda contabilizar as propostas relativas a 20 municípios, que estão na segunda fase de pronúncia, cujo prazo terminou ontem. Com a votação do projecto de lei o processo ficará encerrado do ponto de vista legislativo, sublinhou o deputado.
 
O PS prepara-se para votar contra esta proposta. Os socialistas insistem no argumento de que a reorganização administrativa do território das freguesias foi "feita de baixo para cima" e criticam a "febre do Governo" de querer concluir este dossier sem que haja tempo para debater a proposta de lei. "Isto é uma matéria que deveria ter um tratamento totalmente diferente", atira o deputado socialista Pedro Farmhouse, da Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.»


"Espaço de observação de aves abre sábado na Lezíria de Vila Franca"


«O Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA) instalado na Lezíria de Vila Franca de Xira, junto ao ponto onde o Sorraia desagua no Tejo, vai ser inaugurado na manhã de sábado. Trata-se de um projecto liderado pela Companhia das Lezírias (CL) que, em parceria com diversas entidades e com um importante apoio financeiro da Brisa, investiu cerca de 2 milhões de euros neste complexo vocacionado para o chamado turismo da natureza, que permitirá observar as aves protegidas que frequentam a Reserva Natural do Estuário do Tejo.
 
A empresa agrícola do Estado espera atrair 25 mil a 30 mil visitantes ao EVOA por ano. E acredita que o centro de interpretação e as instalações a ele associadas serão convidativos para reuniões de empresas, acções de formação, visitas de escolas ou encontros de amigos, que poderão passar um dia diferente a descobrir a riqueza natural do estuário do Tejo e as características rurais da Lezíria Grande de Vila Franca.
 
O EVOA foi instalado junto à Ponta de Erva, cerca cerca de 12 quilómetros a sul da Recta do Cabo, e integra três grandes lagoas artificiais de água doce, um centro de interpretação e zonas cobertas integradas na paisagem com corredores por onde os visitantes podem passear e observar as aves sem que estas se apercebam da sua presença.
 
A ideia surgiu em 2001, desenvolvida pela associação Aquaves e pelo seu presidente Pedro Mello, que já observara estruturas deste tipo em Inglaterra. Foi proposta e aceite pela Companhia das Lezírias, que se disponibilizou para ceder cerca de 80 hectares para a sua concretização. Aderiram também outros parceiros como a Câmara de Vila Franca de Xira, a Associação de Beneficiários da Lezíria Grande, a Liga para a Protecção da Natureza, o Instituto da Conservação da Natureza e a Brisa que, no âmbito dos seus programas de responsabilidade ambiental, resolveu contribuir com 1 milhão de euros para o projecto. Com uma comparticipação de fundos comunitários obtida através do Programa Operacional da Região de Lisboa, o empreendimento foi, finalmente, concretizado, quase 10 anos depois. O EVOA integra vários percursos de observação devidamente sinalizados e, no centro de interpretação, os visitantes encontrarão uma exposição permanente e outra temporária, jogos e filmes sobre a temática das aves.»
 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Resultados do Orçamento Participativo de Vila Franca de Xira


Já são conhecidos os projetos vencedores no âmbito do Orçamento Participativo de Vila Franca de Xira.


Em resumo podemos dizer que esta iniciativa fica marcada pela fraquíssima adesão da população. Ao todo em todas as freguesias e projetos foram apresentados cerca de 300 votos. Ou seja, 0,22% da população do município votou nesta iniciativa.

Os números são péssimos e dão que pensar ou, neste caso, são motivo para repensar a forma como se comunicam estas inicitivas e a forma como se procura envolver os cidadãos na gestão local, sabendo de antemão que os cidadãos se mantêm afastados da vida local e que as crises de vária ordem que vamos vivendo não facilitam esta tarefa.

No caso do Forte da Casa, da 1/2 dúzia de ideias apresentadas a Câmara Municipal decidiu que apenas uma delas reunia as condições de exequibilidade e mesmo essa foi radicalmente alterada. Apesar de existir apenas um projeto a Câmara decidiu levá-lo a concurso. O resultado foi de 3 votos!!!

domingo, 25 de novembro de 2012

O NOVO MAPA DE PORTUGAL


«Menos freguesias, menos empresas autárquicas, menos gastos.

Governo avança com extinção de freguesias e prepara a reforma administrativa autárquica.

Frente a frente, Governo, freguesias e municípios, no maior debate da televisão portuguesa.

O novo mapa de Portugal, Prós e Contras dia 26 de novembro (2ª feira) à noite na RTP1.»

Fonte: http://www.rtp.pt/icmblogs/rtp/pros-contras/

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Opinião académica desfavorável quanto reforma autarquica


De todos os quadrantes surgem opiniões contrárias à reforma autárquica em curso. Podia-se alegar que quem está contra (e são muitas as vozes contrárias) de defesa de interesses especificos, de egoísmo, de regionalismo, de um certo corporativismo... mas não, as opiniões contrárias são transversais, vem do mundo político, sociedade civil, do poder local, mas também têm origem na opinião de especialistas e académicos. 

A estas opiniões junta-se agora a opinão publicada do Professor André Azevedo Alves da Universidade Católica Portuguesa, emitida através do artigo «Municipalismo» publicado pelo Diário Económico, no dia 22 de novembro de 2012, na sua edição online. Aqui fica mais este contributo para interpretação de mais uma grotesca imposição técnica que insiste em não cuidar questões políticas e reais:

«As exigências da ‘troika' em reformar o mapa autárquico acabaram por ser satisfeitas concentrando os sacrifícios de forma injustificada nas freguesias.
A reorganização administrativa territorial autárquica em curso constitui um bom exemplo de como a pressão externa, por si só, não assegura boas políticas públicas. De facto, as exigências por parte da ‘troika' no sentido de reformar o mapa autárquico acabaram por ser satisfeitas concentrando os sacrifícios de forma injustificada nas freguesias.
O número de freguesias - superior a 4000 - pode impressionar (especialmente para quem, de fora, não conhece a realidade no terreno), mas a verdade é que o respectivo peso em termos orçamentais é pouco mais que insignificante. Já o impacto em termos de perturbação das comunidades locais e de desrespeito pela respectiva história colectiva será significativo. Pior: o redesenho das freguesias a régua e esquadro imposto de forma centralizada e para a troika ver inevitavelmente desestruturará muitos mecanismos de governação local e de proximidade que funcionam relativamente bem.
A reorganização torna-se ainda menos defensável quando se considera que não toca nas câmaras municipais, onde se concentra a maior parte da despesa pública em termos locais. Melhor teria feito o poder central em promover uma maior autonomia administrativaresponsabilização locais.
Em qualquer caso, trate-se de freguesias ou câmaras, a iniciativa de qualquer reorganização deveria partir das comunidades locais e nunca centralizadamente de Lisboa. Um bom exemplo, independentemente da posição que se tenha sobre a proposta, é a discussão lançada por Luís Filipe Menezes sobre uma possível fusão dos municípios de Porto e Gaia.
Já a reforma em curso do mapa autárquico comprova, infelizmente, a plena actualidade do que escreveu o grande Alexandre Herculano: "Todos os interesses que deviam ser zelados por municípios estão à mercê de um ministro que reside em Lisboa, e que nem os conhece, nem devidamente os aprecia."».

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Novo Regime Jurídico das Autarquias Locais: Municípios perdem importância


Segundo notícia o jornal Expresso na sua última edição (17 de novembro de 2012), o Governo prepara-se para mais uma reforma polémica no setor da administração local.

Depois de não ter fomentado a agregação de municípios, condenando apenas as freguesias a esse "racional", parece agora querer restringir o campo de atuação dos municípios, retirando-lhe parte da sua importância e ao que parece de uma maneira que levanta estranhas inquietações a alguns autarcas!

Segundo a referida notícia, o Governo quer repescar e reforçar o papel das entidades intermunicipais (áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais), criando novos órgãos e cargos, transferindo para estas algumas competências até agora nos municípios, acompanhadas da necessária transferência de fontes de financiamento.

A ANMP (associação nacional de municípios portugueses) mostra-se de forma alargada e transversal  frontalmente contra, não só derivado das questões de legitimidade (visto que as entidades emergentes verão os seus titulares ser designados indiretamente e não eleitos) e de prestação de contas, mas também devido à previsível canalização de receitas até agora dos municípios para estes entes de ordem administrativa superior e ainda porque ao que parece o Governo quer com a cerca de centena de novos cargos a criar querer resolver o problema da colocação de alguns dos autarcas em fim de mandato e que não se poderão recandidatar às próximas autárquicas. Será?!

Sobre este tema, deixamos aqui a ligação à página do Governo onde é apresentada e sucintamente descrita qual a ideia do Governo.


REN poderá deparecer e territórios que protege poderão ficar mais desprotegidos



Segundo declarações públicas da Ministra Assunção Cristas, a REN (reserva ecológica nacional) irá desaparecer e o que resta de relevante ficará na Lei-Quadro da água e Lei de Bases de Ordenamento do Território, no âmbito da revisão de alguns diplomas na área.

As associações ambientalistas consideram este erro grave e temem que a desarticulação das normas reguladoras possa trazer graves danos ao território e ambiente.

Desde já manifestamos preocupação relativamente a esta orientação, neste país das reformas, onde tudo e mais alguma coisa se reforma em curto espaço de tempo, com a explicação que tudo está mal e recorrendo à máxima que desta é que é, mas tudo ficando na mesma ou pior. Estaremos vigilantes.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Resíduos contaminados viajam até Vila Franca de Xira (Vialonga)



Segundo noticia o jornal Público, na sua edição online, de 09 de novembro, os residuos contaminados resultado da constução da nova sede da EDP na Av. 24 de Julho, estão a viajar até à pedreira de Vialonga.

Segundo os Geota (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) os reíduos encerram um elevado risco de contaminação de solos e águas subterrâneas à referida pedreira.

Segundo conseguimos descortinar a situação será provisória, mas ao que parece não foram devidamente acautelados os riscos e as consequências emergentes, e mais uma vez este surgem primeiro do que estudos e planeamento das ações.

Transcrevemos aqui a notícia na integra:

«Os resíduos foram retirados dos terrenos onde a empresa está a construir a nova sede, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa. Nesse local funcionou, no início do século XX, a primeira central termoeléctrica da capital, que queimava, entre outros combustíveis, derivados de petróleo.

Em comunicado, o Geota diz ter apurado que os resíduos das fundações, “parte deles contaminados”, foram "durante cerca de um mês" encaminhados para a pedreira de Santa Olaia, da Solvay, em Vialonga, “tendo sido classificados como inertes pelo dono da obra, a EDP”. A pedreira, segundo o grupo, é "de natureza calcária, muito permeável", o que põe em risco as águas subterrâneas.

Contactada pela Lusa, fonte da EDP esclareceu que na altura em que as terras provenientes dessa obra (adjudicada ao consórcio Mota Engil/HCI) foram transportadas e depositadas na pedreira “não havia conhecimento da presença da contaminação dos solos. “Só posteriormente foi detectada”.

A mesma fonte acrescentou que logo que surgiram indícios de uma eventual contaminação, a empresa “mandou suspender de imediato o transporte de solos”. Estes passaram a ser enviados para um centro de tratamento de resíduos. "O processo de retirada dos solos depositados na pedreira da Solvay já foi iniciado”, garantiu.

O Geota confirmou que o solo do local da obra está contaminado com hidrocarbonetos, depois de ter contactado os responsáveis da pedreira, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as câmaras municipais de Lisboa e de Vila Franca de Xira, e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.

Os ambientalistas dizem que a eléctrica “não cumpriu ou ignorou” o Plano de Pormenor do Aterro da Boavista Nascente. Este documento exige que os solos escavados naquela zona sejam estudados para “avaliação da eventual contaminação, da respectiva perigosidade, e selecção do destino final adequado”.

A EDP garante que tem estado a actuar “em coordenação com as entidades competentes”, nomeadamente a APA e a CCDR, no sentido de garantir “o devido acompanhamento” e que sejam seguidas “as melhores práticas ambientais”.»

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Resultado do parecer da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território: agregações em Vila Franca de Xira


Em cumprimento do disposto no artigo 14.º, n.º 3, da Lei n.º 22/2012, de 30 de maio, a Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) apresentou à AR, em 05 de novembro de 2012, os pareceres e propostas concretas de reorganização administrativa das freguesias situadas no território de Portugal continental.

No caso de Vila Franca de Xira são apresentadas duas soluções, identificadas como Proposta A e Proposta B, sendo a Proposta B a preferida e aquela que é indicada à Assembleia da República, pelo referido órgão técnico, como aquela que melhor responde às especificidades territoriais de Vila Franca de Xira. Das 11 freguesias, o concelho passa a contar com 6 após a aplicação da reforma da "régua e esquadro".

A Freguesia do Forte da Casa, em ambas as propostas é agregada à da Póvoa de Sta Iria. Também em ambos os casos Vialonga fica "isolada" e a Alverca agrega o Sobralinho. Vejamos:

Proposta A

1 - Póvoa de Sta. Iria + Forte da Casa (União das freguesias Póvoa de Sta. Iria e Forte da Casa);
2 - Alverca + Sobralinho (União das freguesias de Alverca e Sobralinho);
3 - Vialonga;
4 - Calhandriz;
5 - Alhandra + São João dos Montes (União das freguesias de Alhandra e São João dos Montes)
6 - Vila Franca de Xira + Castanheira do Ribatejo + Cachoeiras (União das fregueias de Vila Franca de Xira, Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras);

Proposta B    

1 - Póvoa de Sta. Iria + Forte da Casa (União das freguesias Póvoa de Sta. Iria e Forte da Casa);
2 - Alverca + Sobralinho (União das freguesias de Alverca e Sobralinho);
3 - Vialonga;
4 - Alhandra + São João dos Montes + Calandriz (União das freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz)
5 - Vila Franca de Xira;
6 - Castanheira do Ribatejo + Cachoeiras (União das freguesias de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras); 


Deixamos aqui a ligação à página do Parlamento e da UTRAT, da qual consta os pareceres e restante documentação sobre todo este processo.
 

ANAFRE diz que proposta de reorganização administrativa tem apenas carater técnico



«O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) afirmou hoje que a proposta da unidade técnica para a reforma administrativa entregue no parlamento é "apenas um trabalho técnico" e que a decisão cabe aos deputados.

"Este é um momento que estava previsto, que não significa coisa nenhuma. É apenas um trabalho técnico e a decisão cabe à Assembleia da República", disse Armando Vieira, em declarações à agência Lusa.

Segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias, a proposta da unidade técnica, entregue na quinta-feira no parlamento, prevê que 1.165 freguesias sejam agregadas, o que envolve mexidas em 230 municípios.

Quarenta e oito câmaras ficaram dispensadas de apresentar propostas, por terem quatro ou menos freguesias, mas dos 278 municípios do continente (nos arquipélagos a decisão cabe às assembleias regionais) só 57 entregaram projetos de agregação de acordo com a lei, refere o jornal.

"Como um todo, analisando o processo, está cem freguesias acima daquilo que tinham sido os nossos próprios estudos", referiu o presidente da ANAFRE.

Armando Vieira reiterou que para a ANAFRE, esta reforma "só faz sentido se pudesse ser decidida local e livremente".

"Esta reforma, para ser inclusiva, devia ser feita com os eleitos, as populações e não contra uns e contra outros. Não nos cansamos de repetir isto", afirmou.

Armando Vieira acrescentou ainda que esta reforma "faz todo o sentido com uma lei inteligente, com tempo para decidir, com estímulos apelativos para que os eleitos locais, primeiro, e as populações, depois, refletissem sobre o que melhor serviria as comunidades e as comunidades circunvizinhas e daí resultasse esta reforma". "Assim não foi, lamentamos", disse.

Agora, a ANAFRE "aguarda" a pronúncia do Tribunal Constitucional sobre a constitucionalidade da lei nº22/2012, que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica

Fonte: notícia da LUSA publicada pelo Diário de Notícias online no dia 08 de novembro de 2012 (http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2874864&page=-1).

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cidadania 2.0


Estaremos, quando se fala em cidadania 2.0, estará-se também a pensar numa Democracia 2.0?

O país tem de discutir que tipo de regime democrático pretende.

Alguns elementos da sociedade propõem-se discutir o primeiro tema hoje e amanhã no Fórum Picoas. É possível assistir e participar através da net.

«Cidadania 2.0. As redes sociais são uma nova arma para mobilizar a sociedade

Por Márcia Oliveira, publicado em 25 Out 2012 - 03:10
Jornal i online
 
O uso de ferramentas sociais ou plataformas online no estímulo do diálogo e na promoção da cidadania será debatido hoje e amanhã em Lisboa

Pelo terceiro ano consecutivo, Lisboa recebe o evento Cidadania 2.0. Em ano de convulsão social, o programa tem mais um dia, mas o objectivo mantém-se: debater e partilhar casos de estudo sobre o uso de ferramentas sociais ou plataformas online, como o Facebook e o Twitter, no estímulo do diálogo em sociedade e na promoção da cidadania: “O nosso objectivo é inspirar, aprender, dar palco aos pequenos projectos de cidadania nas redes que já existem no nosso país. É um evento de um grupo de cidadãos para todos, um pequeno contributo para um Portugal melhor”, diz Ana Silva, uma das responsáveis pela iniciativa, ao i.

Segundo a especialista em social media, os acontecimentos recentes no país demonstram que as redes sociais já são plataformas de mobilização da sociedade, “quanto mais não seja para as manifestações. Permitem interagir com outras pessoas ou organizações num diálogo de muitos para muitos onde quer que estejam, algo importante num momento em que os nossos ritmos de vida são cada vez mais agitados. Mas as ferramentas sociais, fazendo cada vez mais parte das nossas vidas, não substituem o diálogo presencial em sociedade, vêm complementá-lo e alargá-lo”. O papel que têm tido nas manifestações contra as políticas para enfrentar a actual crise tem tido destaque por cá, mas foram as redes sociais que deram também grande impulso à Primavera Árabe. No conflito sírio, a oposição ao governo tem também recorrido às redes sociais e ao YouTube para denunciar os ataques das forças oficiais e serão exemplos referidos.

Programa O primeiro dia do evento contará com apresentações de casos nacionais e estrangeiros como o Meu Rio (Brasil), Brickstarter (Finlândia), Demo.cratica (Portugal), PledgeBank (Reino Unido) ou até o Portal do Governo de Portugal. “Para além da iniciativa de transparência ‘Para onde vão os seus impostos’, o Portal do Governo lançou a iniciativa ‘O Meu Movimento’, agora na segunda edição, que dará a oportunidade a qualquer português de defender uma causa em que acredite e levá-la ao primeiro-ministro, participando no debate por um Portugal melhor para todos. Esta iniciativa é dinamizada usando o próprio portal e uma página no Facebook”, explica.

O segundo dia terá apresentações de projectos nacionais, ao mesmo tempo que serão dinamizadas, com a ajuda de parceiros, acções que visam dotar estes projectos de contactos, ferramentas e recursos para terem mais impacto. O Cidadania 2.0 decorre hoje e amanhã no Fórum Picoas, Lisboa. A participação é gratuita e é possível assistir ao evento por livestreaming em Portugal e no Brasil. “Qualquer pessoa pode assistir e participar no debate via Twitter usando a tag #cid20”, diz Ana Silva.»


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Assembleia Municipal de V. F. Xira entregou a sua Pronúncia à Assembleia da República sobre a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica



Assembleia Municipal de V. F. Xira entregou a sua Pronúncia à Assembleia da República sobre a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica.
No site da CMVFX ficamos a saber que, «de acordo com o estipulado na Lei n.º 22/2012, de 30 de maio, relativa à Reorganização Administrativa Territorial Autárquica, a Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira entregou na 2.ª feira, 15 de outubro, a sua Pronúncia à Assembleia da República.

No documento a Assembleia Municipal diz pugnar “pela afirmação da manutenção das onze freguesias do Concelho – Alhandra, Alverca, Cachoeiras, Calhandriz, Castanheira do Ribatejo, Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria, São João dos Montes, Sobralinho, Vialonga e Vila Franca de Xira
”.»

Compreendendo a posição da Assembleia Municipal e reconhecendo a dificuldade de tomar propor uma determinada configuração que irá sempre contra os interesses e vontade maioritária das populações, a proposta de decisão cabe agora à Unidade de Técnica responsável por aplicar a lei aprovada pela a Assembleia da República, isto se não ocorrer mais um qualquer (muito esperado) revés nesta processo a que chamam reforma.

Ligação para o documento de pronúncia: http://issuu.com/cmvfx/docs/documento_da_am


Fonte: http://www.cm-vfxira.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=31843&noticiaId=100695&pastaNoticiasReqId=31825#.UIa22VarRnM

Filme “Linhas de Wellington” em Vila Franca de Xira


O filme “Linhas de Wellington” vai ser exibido em Vila Franca de Xira no dia 29 de outubro, pelas 21h00, no Museu Neo–Realismo, Vila Franca de Xira.

Informam-se todos os interessados que os bilhetes se encontram à venda no Museu do Neo–Realismo e têm um custo de €3,00.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

«Linhas de Wellington já foi visto por 22 mil pessoas»

«O filme de Valeria Sarmiento já levou ao cinema mais de 20 mil espectadores. Estreada a 4 de Outubro último, a produção de Paulo Branco conta com grandes nomes no elenco, entre os quais Nuno Lopes,

Segundo a produtora Leopardo Filmes, de Paulo Branco, o total contabilizado integra também o número de espectadores que marcaram presença nas várias sessões que decorreram fora do circuito comercial.
O filme ocupa o 6º lugar no ranking dos filmes mais vistos durante o último fim-de-semana e vai continuar em digressão pelo país. Na quinta-feira, dia 18, o Auditório Municipal de Arruda dos Vinhos vai exibir o filme em três sessões (9h30, 14h30 e 20h30), com a presença de Filipe Vargas, actor que integra o elenco principal. No mesmo dia, em Loulé, é Victoria Guerra que apresenta 'Linhas de Wellington' no Cine-teatro Louletano.

O filme regressa ainda a Coimbra e Braga (depois de sessões esgotadas na semana passada. No Teatro Académico Gil Vicente, na cidade dos estudantes, a sessão da próxima quinta-feira, dia 18, às 18h e às 21h30. Já o Theatro Circo de Braga volta a exibir o filme no dia 22, às 21h30.
'Linhas de Wellington' segue a história de várias personagens que se viram afectadas ou envolvidas pelas Invasões Francesas no séc. XIX, desde figuras do povo a ilustres militares como o prórpio Wellingtonm, responsável pela edificação das fortificações de Torres Vedras, que travaram as tropas de Napoleão.

O filme foi idealizado por Raul Ruiz, responsável pelo êxito de 'Os Mistérios de Lisboa' mas, dada a sua morte no ano passado, a realização ficou a cargo da sua esposa, Valeria Sarmiento, conhecedora profunda da sua obra também enquanto responsável pela montagem dos seus filmes.»

Correio da Manhã

15 Outubro 201

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/linhas-de-wellington-ja-foi-visto-por-22-mil-pessoas


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

«Câmara de Vila Franca de Xira aprova protocolos para requalificação da frente ribeirinha»



«A Câmara de Vila Franca de Xira decidiu abdicar da área que a empresa Teixeira Duarte tem que ceder para o domínio público no futuro loteamento "Vila Rio", em troca por uma faixa de terreno propriedade da empresa que abrange as zonas ribeirinhas de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa. Neste terreno da construtora e noutros da Administração do Porto de Lisboa vão ser feitos o parque linear ribeirinho do estuário do Tejo, que une Alverca ao Forte da Casa, e o parque urbano da Póvoa

Os protocolos foram aprovados com os votos favoráveis do Partido Socialista e da coligação Novo Rumo. "A CDU não concorda que para se construir um parque urbano seja preciso aprovar no futuro uma operação urbanística", acusou a vereadora comunista Ana Lídia Cardoso. A presidente do executivo, Maria da Luz Rosinha (PS), garantiu que a cedência dos terrenos à câmara não obriga a uma futura aprovação do loteamento.
Na mesma reunião camarária, na terça-feira, foram lançados os dois concursos públicos no valor de 4,1 milhões de euros para a construção dos parques. O investimento previsto para o parque urbano da Póvoa é de 2,5 milhões de euros. O parque ribeirinho entre Alverca e Forte da Casa está orçado em 1,6 milhões de euros. As duas obras inserem-se na candidatura aprovada para a requalificação da frente ribeirinha da zona sul do concelho de Vila Franca de Xira, financiada por fundos comunitários.»

Tema a analisar e a acompanhar. Em breve traremos mais pormenores.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Linhas de Wellington–Estreia Nacional 04 de Outubro de 2012

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O filme  As linhas de Wellington , da realizadora chilena Valeria Sarmiento, que recria um episódio da História de Portugal - as invasões francesas -, estreia-se na quinta-feira, em 17 salas, e estará em itinerância em cineclubes e cineteatros.

Fonte da distribuidora disse à agência Lusa que o filme, produzido por Paulo Branco, terá estreia em 17 salas de cinema comercial, às quais se junta uma exibição em itinerância por vários cineclubes e cineteatros de todo o país, com uma única projecção, mas que contará com a presença de atores do elenco.

Por exemplo, em São João da Madeira, será exibido no sábado, com a participação dos atores Nuno Lopes e Victória Guerra, dois dos protagonistas do filme.

Em Coimbra, o filme passará no Teatro Académico Gil Vicente, nos dias 08 e 09, com Nuno Lopes e Albano Jerónimo e o produtor Paulo Branco.

O filme recria a terceira invasão francesa em Portugal, no começo do século XIX, quando o general Arthur Wellesley, duque de Wellington, liderou um exército anglo-português e utilizou uma linha de fortificações que protegia Lisboa - as Linhas de Torres Vedras.

Com argumento de Carlos Saboga, a longa-metragem é também um fresco social sobre aquela época, acompanhando, em vários momentos, histórias individuais de pessoas de diferentes estratos sociais, que se vão cruzando na narrativa, à medida que as tropas francesas tentam avançar no terreno.

No enredo estão o sargento Francisco Xavier (o actor Nuno Lopes), um camponês que se torna militar para vingar a chacina da família pelo exército napoleónico, o tenente Pedro d'Alencar (o ator Carloto Cotta), ferido em combate no Buçaco, a inglesa Clarissa Warren (a atriz Victória Guerra).

A produção contou ainda com os atores Albano Jerónimo, Soraia Chaves, Maria João Bastos, Afonso Pimentel, Joana de Verona e nomes internacionais como John Malkovich, Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Chiara Mastroianni e Michel Piccoli, além de cinco mil figurantes.

O filme foi rodado em vários locais de Portugal, em particular na região de Torres Vedras, onde será integrado no plano de estudos dos alunos do ensino secundário, em parceria com o Ministério da Educação.

A versão série de televisão do filme, composta por três episódios, foi exibida na íntegra, em Setembro, no Festival de Cinema de San Sebastian, Espanha, e terá estreia na RTP.

Para Paulo Branco, o filme é um pouco «um épico, quase o nosso 'Guerra e Paz'», e «vai chamar a atenção para um episódio histórico importantíssimo, desconhecido internacionalmente».

Além da exibição comercial em Portugal, As linhas de Wellington têm também estreia marcada em pelo menos 30 salas de cinema, em França, a 21 de Novembro.

Lusa/SOL

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cerca de 500 imóveis correm o risco de ficar por classificar


São más as notícias para o património e a sua salvaguarda. A alguma inércia por vezes existente da parte das entidades competentes no desencadear dos processos, junta-se a agora a alegada burocracia e ineficácia dos serviços responsáveis pela classificação.

Segundo avança o jornal Expresso na sua edição online, centenas de imóveis importantes correm o risco de ficar por classificar. Entre eles contam-se os redutos pertencentes às linhas defensivas de torres integrados nos concelhos de Vila Franca de Xira, Loures e Torres Vedras.

«Cerca de 500 imóveis candidatos a património classificado estão em risco de ver caducar os seus processos no final deste ano, por atrasos nos serviços e por opção dos responsáveis do setor.

Entre os imóveis com processos de classificação em perigo, encontram-se edifícios, equipamentos ou zonas emblemáticas das duas principais cidades do país. Na capital, por exemplo, estão a estação ferroviária do Cais do Sodré (da autoria do arquiteto Pardal Monteiro), as gares marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos (onde pontificam os painéis de Almada Negreiros), os antigos liceus Camões, Pedro Nunes ou Filipa de Lencastre ou o Hotel Ritz.

Já no Porto destacam-se as faculdades de Arquitetura e de Belas Artes; o núcleo da Foz Velha; a Rua Álvares Cabral; ou o projeto de Siza Vieira no bairro da Bouça (uma das primeiras intervenções a dar projeção internacional ao arquiteto portuense.

De Norte para Sul, há as termas romanas de Chaves, a aldeia histórica de Linhares (Celorico da Beira, distrito de Bragança), a estância termal das Caldas do Gerês, os vários núcleos arqueológicos de Foz Côa, a paisagem urbana da Nazaré, as fortificações das Linhas de Torres, o terreiro da batalha de Montes Claros (perto de Borba, distrito de Évora, decisiva na guerra da Restauração) ou o forte de Castro Marim» (fonte: http://expresso.sapo.pt/centenas-de-imoveis-vao-ficar-por-classificar=f756672#ixzz28EYz94Qy).

Veja aqui a lista de património por distrito.

Novas orientações estratégicas para a Reserva Ecológica Nacional


Leia aqui a Resolução do Conselho de Ministros n.º 81/2012. D.R. n.º 192, Série I de 2012-10-03, que aprova as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional, que consubstanciam as diretrizes e critérios para a delimitação das áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional a nível municipal.

domingo, 30 de setembro de 2012

Governo "reforma" disposições legais que regulam a Reserva Ecológica Nacional


Bom ou mau travão? Boa ou má burocracia? 

Certo é que o Governo prepara-se para mexer nas disposições que regulam a Reserva Ecológica Nacional. 

Esperemos que esta nova "reforma" não seja um facilitador para um ataque aquele que era um território que até agora estava um pouco mais a salvo da vampiresca sede da construção desenfreada que se viveu nos últimos 30 anos no nosso país.


Se seguir o caminho que se está a desenhar para a Reserva Agrícola Nacional, onde por exemplo se pretende facilitar o cultivo de eucalipto, não se espera o melhor.

Deixamos aqui um texto da Ecoesfera (Jornal Público):

Regime da Reserva Ecológica Nacional vai ser repartido por outras leis
25.09.2012
Ricardo Garcia


«Mudanças mais profundas são precedidas de alterações à lei actual, entre elas o fim da autorização prévia para uma série de projectos considerados compatíveis com a Reserva Ecológica Nacional.
O Governo quer integrar noutras leis o regime Reserva Ecológica Nacional (REN) - uma figura jurídica criada em 1983 para proteger determinadas áreas naturais e que desde então é regulamentada por um diploma autónomo. Até lá, o regime actual passará por algumas modificações, incluindo a eliminação de autorização prévia para uma série de projectos considerados compatíveis com a REN.

Segundo um comunicado ontem divulgado pela Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, as áreas tuteladas pela legislação da REN serão repartidas por instrumentos legais já existentes ou em elaboração. Tudo o que tenha a ver com as zonas de protecção do litoral e dos recursos hídricos - dunas, arribas, praias e rios - será integrado na Lei da Água e na sua legislação complementar. Já as áreas susceptíveis de acidentes naturais - como leitos de cheia ou zonas sob risco de erosão - ficarão tuteladas por um plano de prevenção e redução de riscos, que está a ser elaborado pelos ministérios do Ambiente e da Administração Interna.

A ideia do Governo é adaptar a REN a um novo contexto, em que a protecção dos recursos hídricos e a conservação da natureza estão abrangidos por outras leis que não existiam há três décadas. O comunicado põe mesmo em causa a própria designação da REN - já que áreas ecologicamente protegidas são tuteladas por outras leis -, referindo que o regime jurídico "assentou em alguns equívocos".

Embora enviado ontem, o comunicado tem data de 20 de Setembro, quando o Conselho de Ministros aprovou alterações à legislação actual da REN, para vigorarem enquanto o regime todo não for transformado. Na altura, não foram adiantados detalhes. Agora, a Secretaria de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território esclarece que serão introduzidas modificações processuais, para tornar mais rápidos os processos relacionados com a REN.

Uma dessas alterações é a eliminação da figura da autorização prévia para determinados projectos, considerados compatíveis com a REN. Numa nota enviada ao PÚBLICO, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado esclarece que estão em causa "pequenas operações", que sejam "de reduzido impacto".

Actualmente, a legislação exige autorização prévia a uma série de operações na REN, desde pequenas construções de apoio agrícola a barragens, estradas e parques eólicos. Revisões anteriores da REN já tinham eximido de autorização vários usos de menor impacte, que apenas careciam de comunicação prévia. O comunicado enviado ontem não esclarece até onde será agora alargada esta situação. Na nota enviada ao PÚBLICO, a Secretaria de Estado cita, como exemplo, "pequenas operações de âmbito agrícola, geológico, como sejam plantações de vinha, pequenas construções de apoio aos sectores da agricultura e florestas, entre outros".

A ideia do Governo é acelerar os processos administrativos no que toca a projectos de menor dimensão. Se tiverem sido já aprovados no âmbito da avaliação de impacte ambiental, por exemplo, isto será suficiente para desencadear um processo para alterar a REN naquele ponto. A comissão nacional da REN deixa de ser ouvida em todas as propostas de delimitação e passam a ser as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e não o Governo, a aprovar os limites da REN em cada município.

Com maior ou menor sucesso, a REN tem funcionado como um travão à ocupação urbana de zonas naturais sensíveis. Mas há vários anos tem vindo a ser criticada por ser demasiado rígida e burocrática - problemas que sucessivas revisões tentaram solucionar.
»

Fonte: http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1564419

«Mil freguesias vão desaparecer até final do ano»


Governo insiste naquilo a que chama reforma da administração local!

E as empresas municipais e as câmaras são o quê? 

E reforma da governação local fica para quando?


Deixamos aqui uma peça do Jornal de Notícias online do dia de hoje:
 
«Cerca de mil juntas de freguesia vão ser reduzidas "sem dúvida nenhuma" até ao final do ano, a tempo de os partidos prepararem as eleições autárquicas de outubro de 2013, assegurou o Secretário de Estado da Administração Local.

"O processo ficará fechado na Assembleia da República até ao final do ano e ainda assim fica a 10 meses das eleições autárquicas", salientou Paulo Júlio, em entrevista à agência Lusa. 

O governante rejeitou as críticas dos autarcas que dizem não haver tempo para concluir o processo de fusão de freguesias até ao final deste ano, quando se realizam eleições autárquicas em outubro de 2013.

"A perceção que eu tenho é que há aqui uma tentativa de ir ganhando causas. Já deixou de ser a causa do serviço público, porque toda a gente já percebeu que não há aqui nenhuma perda de serviço público e que o que estamos a fazer é a agregação de cargos políticos de freguesia. Agora é a causa do tempo e das eleições autárquicas em outubro", considerou.

Paulo Júlio realçou que "os processos de listas para as juntas de freguesia verdadeiramente começarão lá para o primeiro trimestre de 2013".
" Isso não quer dizer que não haja movimentações agora. Mas, quem quer movimentar-se, faça o que tem de fazer e já sabe quais são as variáveis para as suas escolhas políticas", acrescentou.

O responsável pela secretaria de Estado que está a realizar a reforma administrativa admitiu que "muitas dezenas de municípios" podem não se pronunciar sobre quais as freguesias que querem agregar nos respetivos territórios dentro do prazo que têm para o fazer e que termina a 15 de outubro.

"Essa é a discussão local, a lei estabelece prazos de pronúncia, estabelece regras mínimas, estabelece uma unidade técnica para a reorganização administrativa junto da Assembleia da República que, nos casos em que não houver pronúncia, coniforme a lei, fará a reorganização administrativa. Daqui resultará, sem nenhuma dúvida, a redução de cerca de mil juntas de freguesia em Portugal", assegurou.

Na entrevista à Lusa, Paulo Júlio defendeu ainda que Portugal "é altamente centralista", mas que a Regionalização não tem sentido neste momento, porque a descentralização deve ser feita para os governos locais.

O governante também não receia que o PSD seja prejudicado nas eleições autárquicas por causa das opções políticas do Governo, devido à crise económica, por considerar que "o povo sabe distinguir entre o que são as decisões do Governo e o poder local".»

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2800928&page=-1