quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Populares, autarcas e associações contra construção nas salinas de Alverca"


«Populares, autarcas e associações do concelho de Vila Franca de Xira já se manifestaram contra a construção de armazéns prevista para a zona conhecida como as salinas de Alverca, junto à ETAR da cidade, que pode colocar em causa um espaço de nidificação de aves considerado único.

A aprovação da operação de loteamento no lugar de Verdelha e Drogas estava na ordem de trabalhos da última reunião de câmara, 22 de Agosto, mas acabou por ser retirada já que a Coligação Novo Rumo, representada maioritariamente pelo PSD, exigiu ver o relatório resultante da participação da consulta pública.

O cidadão Fernando Neves de Carvalho, conhecido pela frequente participação cívica, questionou a câmara sobre o atraso da afixação do edital na Junta de Freguesia de Alverca chamando ainda a atenção para a necessidade de proteger uma área que integra um importante ecossistema natural da Área Metropolitana de Lisboa.

Os vereadores da CDU lamentam que o PS não acolha nenhuma das sugestões propostas pelas entidades de defesa do ambiente para as salinas de Alverca já que aquele é um territóro único que deverá ser preservado.Os eleitos consideram que o protocolo de cedência dos terrenos para a instalação da ETAR de Alverca não pode significar a aquisição de direitos para loteamentos futuros.
A CDU sublinha que caso prossiga este processo a câmara violará o seu próprio PDM, que classifica aquele solo como estrutura ecológica urbana, isto além de afrontar a legislação nacional ambiental.»

Jornal O Mirante

"Câmara adia votação de loteamento polémico para as salinas de Alverca"



O blogue do jornal "Voz Rbatejana" dá conta do adiamento da votação do loteamento das Salinas de Alverca e Forte da Casa.

A polémica mantém-se acesa. Presidente de câmara e restantes vereadores socialistas podem ficar sozinhos neste processo, apesar de se escudarem em pareceres jurídicos e no entendimento técnico dos serviços.

Deixamos aqui a transcrição integral desse texto:

«A votação final do polémico loteamento que prevê a construção de três grandes lotes de armazéns e edifícios multiusos na zona das antigas salinas de Alverca foi adiada para 5 de Setembro. Já se sabe que os eleitos socialistas na Câmara de Vila Franca vão votar a favor e que os três vereadores da CDU votam contra. Decisivo será, assim, o voto dos três vereadores sociais-democratas, eleitos pela Coligação Novo Rumo (PSD/PPM/MPT), que pediram, na quarta-feira à noite, o adiamento da votação porque o relatório da consulta pública que lhes chegou não incluía cópias dos pareceres negativos entregues por várias organizações ambientalistas.
A maioria PS garante que está “tranquila” relativamente à legalidade de todo o processo, tendo reunido vários pareceres jurídicos que sustentam que o loteamento – ocupa uma área de 40 hectares e prevê 94 mil metros quadrados de construção – deve ser apreciado à luz do antigo Plano Director Municipal, porque existe um protocolo anterior a 2002 em que a Câmara admite estas pretensões do promotor. Os terrenos pertencem à Arco Central, empresa do grupo Obriverca ultimamente também ligada ao Banco Espírito Santo. A CDU já garantiu que os seus três vereadores votam contra e promete levar o caso a “todas as instâncias superiores” se for aprovado um loteamento que “viola” o actual PDM (em vigor desde Novembro de 2010) e “afronta” o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa.
Recorde-se que o movimento cívico Xiradania, a Quercus, o Fapas e as associações “Amigos do Forte” e de Defesa do Ambiente do Concelho de Vila Franca já se manifestaram contra, sobretudo devido à importância natural das antigas salinas, tidas como uma das mais importantes áreas de refúgio da avifauna na margem direita do Tejo.»

III Festival de Observação de Aves de Sagres


Informam-se todos os interessas na observação de aves que o III Festival de Observação de Aves de Sagres vai decorrer de 30 de Setembro a 7 de Outubro. O programa está repleto de atividades interessantes, dirigidas a todos os que gostam de observar aves, independentemente do seu nível de conhecimentos no assunto. Há também diversas iniciativas dirigidas a famílias, com outros atrativos além das aves!


Programa e informações em http://www.birdwatchingsagres.com/

 

Filme "Linhas de Wellington" selecionado para os festivais de Toronto, San Sebastián e Nova Iorque


«Para além de ser o único filme português em Competição no Festival de Veneza, Linhas Wellington prepara-se para brilhar em três dos mais importantes festivais de cinema do mundo:Toronto , San Sebastián e Nova Iorque.

No Festival de Toronto, o filme realizado por Valeria Sarmiento e produzido por Paulo Brancovai integrar a secção Special Presentations, uma das principais secções do festival canadiano, que decorre de 6 a 16 de Setembro.

No Festival de San Sebastián será apresentada pela primeira vez a versão televisiva de três episódios de LINHAS DE Wellington. A sessão especial, fora de competição, terá lugar no dia 23 de Setembro, domingo, na principal sala do festival, Kursaal 1.
Linhas Wellington vai integrar ainda a Selecção Oficial do prestigiado festival de cinema de Nova Iorque, o mais importante dos E.U.A. O festival, apesar do seu carácter não competitivo, é uma das principais portas para assegurar a distribuição comercial norte-americana.

Todas estas apresentações internacionais serão acompanhadas de uma significativa presença dos principais actores do elenco de
Linhas Wellington, quer nacionais quer internacionais, para a apresentação do filme.Linhas Wellington
estrear-se-á nos cinemas portugueses a 4 de outubro.»

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cães perigosos sem trela nem açaimo no Forte da Casa numa zona frequentada por muita gente


«Frequento uma zona que não poderei chamar de lazer mas que na falta de alternativas serve para mim e para mais algumas pessoas darmos as nossas caminhadas, essencialmente de manhã. Cada vez somos mais, desde pessoas com idade a jovens. O espaço situa-se na zona industrial do Forte da Casa junto à linha do caminho-de-ferro. O que me leva a escrever é o facto de as pessoas se confrontarem cada vez mais com cães perigosos que passaram a frequentar a zona, com os seus donos claro. Imagine-se o que é um cão daqueles, no meio de tantas pessoas, muitas vezes sem açaimo e, por incrível que pareça, sem trela. Muitas pessoas com alguma idade como eu começaram a ter receio de ir e até procuram não ir sozinhas e quanto avistam algum desses cães não têm outra hipótese senão voltarem para trás. Faço este alerta para que mais tarde não tenhamos de vir lamentar o que muitas vezes ouvimos dizer que aconteceu. Se pudessem dar algum relevo a esta informação agradecia.»

António

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Quercus contesta armazéns nas salinas de Alverca"


«Associação admite recorrer aos tribunais para travar projecto que ameaça "único refúgio" da avifauna na margem norte do Tejo.

A Quercus contesta o loteamento de logística que a Câmara de Vila Franca de Xira pretende aprovar para a zona das antigas salinas de Alverca. Em caso de aprovação definitiva do projecto, a associação ameaça que "não deixará de desencadear a actuação judicial que se mostrar adequada à reposição da legalidade".
 
A direcção da Quercus, em parecer remetido à câmara, expressa reservas quanto "à sustentabilidade ambiental" do empreendimento e a "total estranheza no que concerne à localização escolhida", porque "afronta o PDM [Plano Director Municipal] em vigor" e outros instrumentos de ordenamento do território da região. O loteamento, com mais de 40 hectares e cerca de 94 mil m2 de áreas de construção de armazéns e de edifícios multiusos, está previsto para a zona a sul da pista de aviação de Alverca.
 
O projecto de loteamento esteve em discussão pública em Julho e foi amplamente contestado pelo movimento cívico Xiradania. A 27 de Junho, o encaminhamento para consulta pública foi aprovado na câmara com votos favoráveis do PS e da coligação PSD/PPM/MPT e contra da CDU. A apreciação final acabou adiada para uma próxima sessão. Entretanto, também a Associação de Defesa do Ambiente do Concelho de Vila Franca e a associação Amigos do Forte se pronunciaram contra o empreendimento da Arco Central, empresa ligada ao grupo Obriverca e Banco Espírito Santo. Promotores e maioria camarária alegam que há direitos adquiridos por um protocolo de 1994 e que a proposta de loteamento tem que ser apreciada à luz do PDM de 1993 e não do actual (de 2010). CDU e organizações ambientalistas discordam e acusam a autarquia de "dois pesos e duas medidas".
 
A Quercus diz que o projecto "agravará o aumento da perturbação humana directa e indirecta desta zona sensível, o que vai traduzir-se na perda irreversível desta área enquanto suporte de uma comunidade de aves nidificantes e migradoras de grande valor, e consequentemente de mais uma redução no valor avifaunístico e natural do estuário do Tejo". Acrescenta que "o biótopo das "salinas de Alverca", onde se pretende implantar o empreendimento, é comummente classificado como a mais importante área para a conservação da natureza na margem direita do estuário do Tejo", como demonstra o plano regional de ordenamento do território.
 
Lembrando que parte desta área integrou a Reserva Ecológica Nacional e está dentro dos limites de áreas inundáveis, da estrutura ecológica municipal do PDM em vigor e, parcialmente, num corredor ecológico estruturante da Área Metropolitana de Lisboa, a Quercus entende que o projecto "subverte as regras mais elementares de uma política ordenada do território municipal, que deveria privilegiar a libertação da edificação da frente ribeirinha do Forte da Casa-Salinas de Alverca e da Várzea de Vialonga"

Jornal Público - Ecoesfera
Por Jorge Talixa

Armazéns ameaçam espaço de nidificação de aves em Alverca


«A construção de armazéns prevista para a zona conhecida como as salinas de Alverca, junto à ETAR da cidade, pode colocar em causa um espaço de nidificação de aves considerado único.

A situação está a preocupar associações ambientalistas, entre as quais "Os Amigos do Forte", Associação Cívica para o Estudo e Defesa do Património Cultural e Natural do Forte da Casa, fundada em 2004, que já apresentou uma participação escrita na fase de discussão pública do processo de licenciamento de operação de loteamento, no local da Verdelha e Drogas.

A área corresponde ao habitat de diversas espécies de aves (cerca de 200 entre residentes e migratórias), as quais encontram nesta zona da margem direita um dos "últimos refúgios para a sua nidificação e vivência".

A zona detém a classificação não governamental de International Bird Area (IBA) e a nível municipal encontra-se classificada como estrutura ecológica urbana (local onde não é possível construir). Ao nível da área metropolitana (PROTAML) o espaço é considerado um corredor ecológico estruturante.

A este propósito a associação cita o biólogo Nuno Lecoq: "Apesar de apresentarem alguma degradação, fruto das intervenções que têm sofrido nos últimos anos, nomeadamente na sua envolvente, as salinas de Alverca e Forte da Casa são o último reduto natural da margem direita do estuário. Existe um potencial gigantesco do ponto de vista da conservação da natureza e do turismo, caso esta zona seja devidamente gerida, o que trará benefícios para quem ali vive"

5.500 europeus já disseram online o que querem para o futuro da Europa


No seguimento de outras iniciativas que temos dado conta, uma das quais é o orçamento participativo no nosso concelho. Deixamos aqui outra oportunidade para o cidadão se poder expressar.

“A Comissão Europeia lançou no passado dia 9 de maio uma consulta pública online na qual pede aos europeus para participarem deixando opiniões relativamente aos direitos dos cidadãos e ao futuro da Europa.

A possibilidade de participar estende-se até 9 de setembro, mas até agora 5.500 europeus já responderam à chamada, fazendo da iniciativa uma das mais participadas e abrangentes de sempre na história da comunidade.
Como gostaria que a União Europeia evoluísse no futuro próximo? Ou Em que tipo de União Europeia gostaria de viver em 2020? São algumas das questões que orientam a consulta e às quais os participantes devem responder.

Levando ao terreno uma proposta da Comissão Europeia, 2013 será o Ano Europeu dos Cidadãos. A consulta prepara o ano novo e chama os habitantes da região a envolverem-se mais nas questões políticas que devem orientar o futuro.

Os países mais participativos nesta consulta particular são, até agora, França, Itália, Espanha, Alemanha e Reino Unido, revela ainda a Comissão Europeia.” 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Amigos do Forte na rádio IRIS FM: o polémico loteamento das antigas salinas de Alverca e Forte da Casa


A rádio Iris FM passa hoje, no programa "Aromas", aproximadamente entre as 18:30 e 19:30, uma reportagem sobre o polémico loteamento de armazéns que ameaça zona das antigas salinas de Alverca e Forte da Casa.

Os Amigos do Forte participarão neste programa, através do membro da Direção Rui Mateus.

Oiça a emissão  em: 
- frequência: 91.4 FM

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Loteamento de armazéns ameaça zona das antigas salinas de Alverca (jornal Público)



«O projecto de construção de um conjunto de armazéns e espaços multiusos na zona das antigas salinas de Alverca, a sul da Ogma-Indústria Aeronáutica de Portugal, está a gerar controvérsia. O movimento de cidadãos Xiradania afirma que está em causa um dos espaços naturais mais importantes da margem norte do Tejo e a CDU aponta irregularidades no processo.
As salinas de Alverca e do Forte da Casa são consideradas, desde 2002, um local de importância ambiental para aves (IBA), segundo a BirdLife Internacional – uma federação de organizações não-governamentais para a protecção da ornitologia. No entanto, esta classificação ambiental não confere qualquer protecção. “Existem mais de cem áreas IBA, em Portugal, e em 70% dos casos, estas áreas estão englobadas pelas zonas de protecção especial da rede Natura 2000”, explica Joana Andrade, da Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves (SPEA). Contudo, em Alverca não existe essa protecção.

O empreendimento da Arco Central (empresa ligada ao grupo Obriverca e ao Banco Espírito Santo) pode ser aprovado com base no antigo Plano Director Municipal (PDM) de Vila Franca de Xira, uma vez que à luz do novo PDM o loteamento não poderia avançar. A votação final no executivo, que esteve prevista para 25 de Julho, foi adiada para uma próxima sessão, porque a CDU contestou o facto de o relatório final da consulta pública da proposta de loteamento não contemplar uma exposição do movimento Xiradania.

Em causa está um loteamento para 41 hectares, entre a linha férrea, a Ogma e o rio da Verdelha. Em Junho, a câmara despachou favoravelmente o estudo de loteamento que prevê cerca de 94.600 metros quadrados de construção, 1342 lugares de estacionamento e 151.000m2 de áreas verdes, para equipamentos colectivos e cedências ao município. Estão previstos três lotes para edifícios multiusos, de comércio e serviços, com dois pisos e dez metros de cércea. No total, ocupam cerca de 270.000m2, com 94 mil de área de construção. O acesso será feito pelo viaduto de ligação à EN116 já existente.

Na reunião camarária de 27 de Junho, PS e Coligação Novo Rumo (PSD/PPM/MPT) votaram a favor do encaminhamento do processo para discussão pública. A CDU votou contra, por discordar da aprovação com base no antigo PDM, quando o actual já está em vigor desde Novembro de 2010. Os socialistas recordam que o loteamento tem por referência o PDM na versão de 1993 e que esteve na base de um protocolo entre os promotores e a autarquia, que levou a empresa a ceder à câmara os terrenos já utilizados na construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alverca, da bacia de retenção e do nó rodoviário.

Riscos de indemnizações?

Os serviços de urbanismo atestam que a proposta de loteamento cumpre as opções previstas no PDM de 1993, que preconizava para aquela área grandes equipamentos, instalações do sector terciário, indústrias compatíveis e armazenagem. O estudo tem pareceres favoráveis da Rede Ferroviária Nacional e da Administração da Região Hidrográfica do Tejo e que contempla também a cedência ao município de terrenos para a requalificação da frente ribeirinha.

Já com o novo PDM em vigor, que coloca esta área na estrutura ecológica urbana e sem qualquer construção, os promotores pediram esclarecimentos à autarquia de Vila Franca, em 2010 e 2011, considerando que existem “direitos adquiridos” e que a apreciação do loteamento deve ter por base o antigo PDM. Pareceres jurídicos então solicitados concluíram que o licenciamento deve ser visto à luz do PDM de 1993, e não do de 2010, devido à existência do protocolo. E afirmam que o município pode vir a ser responsabilizado financeiramente por alguma eventual perda de direitos dos promotores devido à existência de uma informação prévia favorável.

Xiradania recusa direitos adquiridos

O movimento cívico Xiradania apresentou a única exposição entregue na consulta pública do loteamento e afirma que, em situações semelhantes, a câmara decidiu “aplicar as normas do actual PDM e não o de 1993”. A aprovação do loteamento da Arco Central, acusa, iria “criar uma situação de profunda injustiça e de clara violação de princípios fundamentais da actividade administrativa: o da imparcialidade e o da igualdade”. O movimento aponta decisões judiciais que concluem que “os protocolos não constituem, no nosso ordenamento jurídico, uma fonte válida de constituição de direitos de edificação”. E, notam, “toda a área de intervenção deste loteamento se encontra dentro dos limites das áreas inundáveis, da estrutura ecológica municipal e na Reserva Ecológica Municipal e, parcialmente, dentro de um corredor ecológico estruturante da Área Metropolitana de Lisboa”.

No entender deste movimento cívico, não fará sentido avançar com mais este loteamento de logística quando a polémica plataforma da Castanheira do Ribatejo e a respectiva área de expansão “são um verdadeiro deserto empresarial de 150 hectares” e existem “inúmeros armazéns vazios distribuídos por todo o concelho”
».


Por Jorge Talixa, Fábio Monteiro


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

VISITA À ESTAÇÃO ARQUEOLÓGICA DE MONTE DOS CASTELINHOS - CASTANHEIRA DO RIBATEJO

No seguimento do convite endereçado aos Amigos do Forte, por parte do Museu Municipal, deixamos aqui a reprodução do mesmo, para que qualquer interessado possa participar.
mtecatelinhos
Sem título