domingo, 30 de setembro de 2012

Governo "reforma" disposições legais que regulam a Reserva Ecológica Nacional


Bom ou mau travão? Boa ou má burocracia? 

Certo é que o Governo prepara-se para mexer nas disposições que regulam a Reserva Ecológica Nacional. 

Esperemos que esta nova "reforma" não seja um facilitador para um ataque aquele que era um território que até agora estava um pouco mais a salvo da vampiresca sede da construção desenfreada que se viveu nos últimos 30 anos no nosso país.


Se seguir o caminho que se está a desenhar para a Reserva Agrícola Nacional, onde por exemplo se pretende facilitar o cultivo de eucalipto, não se espera o melhor.

Deixamos aqui um texto da Ecoesfera (Jornal Público):

Regime da Reserva Ecológica Nacional vai ser repartido por outras leis
25.09.2012
Ricardo Garcia


«Mudanças mais profundas são precedidas de alterações à lei actual, entre elas o fim da autorização prévia para uma série de projectos considerados compatíveis com a Reserva Ecológica Nacional.
O Governo quer integrar noutras leis o regime Reserva Ecológica Nacional (REN) - uma figura jurídica criada em 1983 para proteger determinadas áreas naturais e que desde então é regulamentada por um diploma autónomo. Até lá, o regime actual passará por algumas modificações, incluindo a eliminação de autorização prévia para uma série de projectos considerados compatíveis com a REN.

Segundo um comunicado ontem divulgado pela Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, as áreas tuteladas pela legislação da REN serão repartidas por instrumentos legais já existentes ou em elaboração. Tudo o que tenha a ver com as zonas de protecção do litoral e dos recursos hídricos - dunas, arribas, praias e rios - será integrado na Lei da Água e na sua legislação complementar. Já as áreas susceptíveis de acidentes naturais - como leitos de cheia ou zonas sob risco de erosão - ficarão tuteladas por um plano de prevenção e redução de riscos, que está a ser elaborado pelos ministérios do Ambiente e da Administração Interna.

A ideia do Governo é adaptar a REN a um novo contexto, em que a protecção dos recursos hídricos e a conservação da natureza estão abrangidos por outras leis que não existiam há três décadas. O comunicado põe mesmo em causa a própria designação da REN - já que áreas ecologicamente protegidas são tuteladas por outras leis -, referindo que o regime jurídico "assentou em alguns equívocos".

Embora enviado ontem, o comunicado tem data de 20 de Setembro, quando o Conselho de Ministros aprovou alterações à legislação actual da REN, para vigorarem enquanto o regime todo não for transformado. Na altura, não foram adiantados detalhes. Agora, a Secretaria de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território esclarece que serão introduzidas modificações processuais, para tornar mais rápidos os processos relacionados com a REN.

Uma dessas alterações é a eliminação da figura da autorização prévia para determinados projectos, considerados compatíveis com a REN. Numa nota enviada ao PÚBLICO, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado esclarece que estão em causa "pequenas operações", que sejam "de reduzido impacto".

Actualmente, a legislação exige autorização prévia a uma série de operações na REN, desde pequenas construções de apoio agrícola a barragens, estradas e parques eólicos. Revisões anteriores da REN já tinham eximido de autorização vários usos de menor impacte, que apenas careciam de comunicação prévia. O comunicado enviado ontem não esclarece até onde será agora alargada esta situação. Na nota enviada ao PÚBLICO, a Secretaria de Estado cita, como exemplo, "pequenas operações de âmbito agrícola, geológico, como sejam plantações de vinha, pequenas construções de apoio aos sectores da agricultura e florestas, entre outros".

A ideia do Governo é acelerar os processos administrativos no que toca a projectos de menor dimensão. Se tiverem sido já aprovados no âmbito da avaliação de impacte ambiental, por exemplo, isto será suficiente para desencadear um processo para alterar a REN naquele ponto. A comissão nacional da REN deixa de ser ouvida em todas as propostas de delimitação e passam a ser as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e não o Governo, a aprovar os limites da REN em cada município.

Com maior ou menor sucesso, a REN tem funcionado como um travão à ocupação urbana de zonas naturais sensíveis. Mas há vários anos tem vindo a ser criticada por ser demasiado rígida e burocrática - problemas que sucessivas revisões tentaram solucionar.
»

Fonte: http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1564419

«Mil freguesias vão desaparecer até final do ano»


Governo insiste naquilo a que chama reforma da administração local!

E as empresas municipais e as câmaras são o quê? 

E reforma da governação local fica para quando?


Deixamos aqui uma peça do Jornal de Notícias online do dia de hoje:
 
«Cerca de mil juntas de freguesia vão ser reduzidas "sem dúvida nenhuma" até ao final do ano, a tempo de os partidos prepararem as eleições autárquicas de outubro de 2013, assegurou o Secretário de Estado da Administração Local.

"O processo ficará fechado na Assembleia da República até ao final do ano e ainda assim fica a 10 meses das eleições autárquicas", salientou Paulo Júlio, em entrevista à agência Lusa. 

O governante rejeitou as críticas dos autarcas que dizem não haver tempo para concluir o processo de fusão de freguesias até ao final deste ano, quando se realizam eleições autárquicas em outubro de 2013.

"A perceção que eu tenho é que há aqui uma tentativa de ir ganhando causas. Já deixou de ser a causa do serviço público, porque toda a gente já percebeu que não há aqui nenhuma perda de serviço público e que o que estamos a fazer é a agregação de cargos políticos de freguesia. Agora é a causa do tempo e das eleições autárquicas em outubro", considerou.

Paulo Júlio realçou que "os processos de listas para as juntas de freguesia verdadeiramente começarão lá para o primeiro trimestre de 2013".
" Isso não quer dizer que não haja movimentações agora. Mas, quem quer movimentar-se, faça o que tem de fazer e já sabe quais são as variáveis para as suas escolhas políticas", acrescentou.

O responsável pela secretaria de Estado que está a realizar a reforma administrativa admitiu que "muitas dezenas de municípios" podem não se pronunciar sobre quais as freguesias que querem agregar nos respetivos territórios dentro do prazo que têm para o fazer e que termina a 15 de outubro.

"Essa é a discussão local, a lei estabelece prazos de pronúncia, estabelece regras mínimas, estabelece uma unidade técnica para a reorganização administrativa junto da Assembleia da República que, nos casos em que não houver pronúncia, coniforme a lei, fará a reorganização administrativa. Daqui resultará, sem nenhuma dúvida, a redução de cerca de mil juntas de freguesia em Portugal", assegurou.

Na entrevista à Lusa, Paulo Júlio defendeu ainda que Portugal "é altamente centralista", mas que a Regionalização não tem sentido neste momento, porque a descentralização deve ser feita para os governos locais.

O governante também não receia que o PSD seja prejudicado nas eleições autárquicas por causa das opções políticas do Governo, devido à crise económica, por considerar que "o povo sabe distinguir entre o que são as decisões do Governo e o poder local".»

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2800928&page=-1



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Participação d'Os Amigos do Forte na fase de discussão pública do polémico loteamento das salinas de Alverca e Forte da Casa


Como não tivemos oportunidade de o fazer anteriormente, transcrevemos de seguida o conteúdo da participação escrita individual da nossa associação (datada de 06 de agosto) na fase de discussão pública do processo de loteamento n.º 10/03LOTEPDM, no local da Verdelha e Drogas, na freguesia de Alverca do Ribatejo, conhecido como o loteamento das salinas de Alverca e Forte da Casa.

Achamos importante fazê-lo para tornar pública a posição da nossa associação e ao mesmo tempo congratular-nos com a não aprovação deste loteamento pela CMVFX (votos favoráveis do PS foram 5 e 6 contra da CDU e PSD), na passada reunião de 5 de setembro, graças àção dos movimentos cívicos e ambientais (XIRADANIA; SPEA; QUERCUS; GEOTA; FAPAS; ADAPA; e Os Amigos do Forte) que se envolveram nesta questão. Conseguimos com as participações individuais e conjunta fazer ver à maioria dos vereadores que para lá de um gravíssimo erro ambiental e de ordenamento do território este loteamento era ilegal (pois baseava-se em normas que não se encontram em vigor à data do seu surgimento e, por outro lado, por colidir com mais elementares regras de ordenamento do território).

Transcrição da participação:


«Tendo a Câmara de Vila Franca de Xira aprovado, em reunião de câmara de 27 de junho, a operação de loteamento n.º 10/03 LOTEPDM, no local da Verdelha e Drogas, na freguesia de Alverca do Ribatejo, e encontrando-se a decorrer o período de discussão pública, nos termos do art. 22.º do Decreto- Lei 555/99, de 16 de dezembro, na redação da Lei n.º 60/2007, de 4 de setembro, que aprovou o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, vêm Os Amigos do Forte apresentar participação escrita nesse período de discussão.

Quanto ao enquadramento da área onde se insere o loteamento, cumpre lembrar que a zona em referência, também conhecida como Salinas de Alverca, é uma área sensível, trata-se do habitat de uma assinalável diversidade de espécies de aves (cerca de 200 entre residentes e migratórias), as quais encontram nesta zona da margem direita um dos últimos refúgios para a sua nidificação e vivência.

Como prova desta importância, regista-se o facto de a zona deter a classificação não governamental de International Bird Area (IBA), a nível municipal se encontrar classificada como estrutura ecológica urbana (local onde não é possível construir) e, ao nível da área metropolitana (PROTAML), é considerado um corredor ecológico estruturante.

A este propósito, citamos o biólogo Nuno Lecoq: «apesar de apresentarem alguma degradação, fruto das intervenções que têm sofrido nos últimos anos, nomeadamente na sua envolvente, as salinas de Alverca e Forte da Casa são o último reduto natural da margem direita do estuário. Efetivamente, existe um potencial gigantesco do ponto de vista da conservação da natureza e do turismo, caso esta zona seja devidamente gerida, o que trará benefícios para quem ali vive».*

Depois, importa relembrar que toda a margem direita do rio Tejo inserida no concelho de Vila de Xira tem sido fortemente pressionada com diversas operações urbanísticas, as quais lhe têm transfigurado a face, roubado a beleza, a riqueza e o futuro. São exemplos os casos reais (pelo menos no papel) da plataforma da logística da Castanheira, a nova Vila Franca, a UB-18 da Póvoa de Santa Iria, e aqueles que se entreveem para a área do Sobralinho, na área em análise e o próprio Forte da Casa tem também uma nova área para fins industriais a nascer junto ao rio ao abrigo do novo PDM.

A maior parte das operações que referimos são projetos estéreis, não avançaram e não se sabe em que condições vão avançar. Apenas se registam movimentações de terras e terraplanagens, que já não será possível apagar. São operações com base em estudos de viabilidade e investimento que se revelaram errados. São um conjunto de opções políticas erradas e que se inserem num modelo de gestão do território e de desenvolvimento que não serve o país e muito menos as pessoas que nele vivem.

A uma margem fortemente industrializada no século passado (que foi caindo em decadência e abandono), somaram-se estas pressões urbanísticas dos últimos anos e esta orientação política de tornar o município de Vila Franca numa estreita mas extensa plataforma logística e de negócios ligados aos serviços. Não foi só a área mais próxima do rio a ser afetada, outras foram alvo esta captura, como é o caso da faixa de terrenos compreendida entre os caminhos de ferro e EN10 no Forte da Casa, ocupada por diversos armazéns de logística e serviços, que vieram sobrecarregar a paisagem e as vias de comunicação, eliminaram as verdadeiras hortas urbanas e que agora se encontram em decadência e desocupados.

Se é verdade que as receitas provenientes destas operações foram um importante balão de oxigénio para a autarquia, não é menos verdade que são vários os espaços vazios e a mais, os investimentos falhados outrora tidos como defensores e promotores do interesse público.

Chega de lapsos, resta pouco território pouco ou nada intervencionado. A zona das salinas de Alverca e Forte da Casa são o último reservatório de esperança. A opção correta seria aproveitar as qualidades do espaço, as limitações impostas pelo ambiente (leito de cheia) e aéreas (impostas pela base aérea), aliadas ao facto de ali estar a surgir o passeio ribeirinho, para tornar aquela zona num verdadeiro pulmão de esperança, de respeito e promoção do meio ambiente.

Se o desenvolvimento económico é importante, não é menos a sustentabilidade ambiental no quadro de um ordenamento territorial que no presente e no futuro assegure qualidade de vida aos cidadãos.

Na área, o desenvolvimento económico local pode surgir através do aproveitamento do potencial turístico que a observação das aves, em articulação com o espaço EVOA. Potencial aliás identificado até pelo próprio Plano Estratégico Nacional do Turismo (menciona ser umas das áreas com potencial de crescimento para o PIB nacional), o qual que zona encerra em si mesmo um forte fator distintivo em relação as outras regiões turísticas.

Só quem nunca visitou a área, que se estende desde Alverca até à Póvoa de Santa Iria, é que pode friamente deliberar a favor da sua extinção.

Não nos iremos deter sobre questões técnicas, nomeadamente jurídicas, essas guardamo-las para os especialistas e técnicos apesar de, a este propósito, não podermos deixar de referir a lamentável inclinação de algumas peças (de ambas as partes) que compõem o processo. Vamos assim deixar um conjunto de observações e questões:

- É paradoxal que um protocolo entre entidades, se sobreponha às normas vigentes, quer ao Plano Diretor Municipal como ao próprio plano de ordem superior PROTAML, já para não falar da classificação não governamental que citados supra.

- É paradoxal que afinal a Estrutura Ecológica Urbana não tenha a importância que o PDM em vigor lhe veio dar. Se a CMVFX reconheceu, ao aprovar o atual PDM, que aquela era uma zona importante e a preservar porque não defendeu agora essa importância e interesse, não aprovando a proposta de loteamento e enfrentando todas as consequências decorrentes?

- Poderia ter decidido de outra forma ou deixado a resolução para os tribunais. Afinal o eventual custo financeiro a pagar ao promotor será sempre inferior a todos os outros.

- Como compatibiliza a CMVFX o loteamento com o futuro e vizinho Parque Natural do Forte da Casa? Com a aposta no ambiente e na observação de aves?

- Porque razão entende a Câmara que o compromisso assumido com os cidadãos e eleitores não é para cumprir, ao contrário do que faz com o compromisso assumido com os promotores imobiliários?

- Terá a CMVFX noção que o licenciamento de tal projeto destrói uma biodiversidade e um potencial turístico que urge preservar e promover?

- Qual a duração/validade destes protocolos? São eternos ou quebram-se com o tempo ou, por exemplo, com alterações à legislação e aos planos de ordenamento em que se suportam? Quebram-se com a mudança de vontades ou, por exemplo, com a queda dos executivos camarários e novas eleições? Sinceramente não conseguimos perceber que regras regulam estas expressões vontades e de intenções passadas que nos condicionam o presente e o futuro.

- Porque é que a CMVFX não consegue apresentar outros argumentos que sustentem a viabilização do licenciamento, a não ser o mero refugio na existência de um protocolo?

É neste contexto que a associação cívica “Os Amigos do Forte” manifesta a sua indignação e preocupação sobre mais esta ameaça ao território e às salinas, deixado registado o compromisso de desenvolver todos os esforços com vista a travar este projeto, estando para isso disponível a recorrer à Justiça.

A Direção



*Treicho da intervenção realizada na sessão pública «Requalificação da Frente Ribeirrinha de Vila Franca de Xira – enfoque na zona sul», organizada pela nossa associação, em 02 de outubro de 2012.»

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Requalificação ribeirinha (zona sul do concelho de Vila Franca) avança


«Câmara de Vila Franca de Xira aprova concursos para dois parques no valor de 4.2 milhões de euros



A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou dois concursos públicos, no valor de 4.2 milhões de euros, para a construção de um parque urbano e de um parque ribeirinho no concelho.
O investimento previsto para o parque urbano da freguesia da Póvoa de Santa Iria é de 2.5 milhões de euros, e o parque ribeirinho entre a freguesia de Alverca e a de Póvoa de Santa Iria está orçado em 1.690 milhões de euros.

As duas empreitadas têm um prazo de execução de 135 dias e inserem-se na candidatura aprovada para a 'Requalificação da Frente Ribeirinha da Zona Sul do Concelho de Vila Franca de Xira', no âmbito do Programa Operacional de Lisboa, constituído por fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), 2007-2013.

Fonte da autarquia disse à agência Lusa que o investimento municipal será de 35 por cento, ou seja, 1.47 milhões de euros. Os restantes 65 por cento, 2.73 milhões de euros, serão atribuídos pelo QREN.

A construção do parque urbano da freguesia da Póvoa de Santa Iria está dividida em duas fases.

A primeira vai incidir sobre a área da comunidade Avieira, e tem por objectivo antecipar a realização das infra-estruturas para a prática da pesca artesanal, que já existia no local, dando enquadramento aos novos edifícios de apoio aos avieiros, como um armazém, um museu, uma cafetaria e um parque de estacionamento.

A segunda fase contempla a criação de um espaço livre, um parque infantil, um parque juvenil e de um ginásio ao ar livre.

O parque ribeirinho entre as freguesias de Alverca e de Póvoa de Santa Iria - denominado de Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo - irá ter cerca de 15,5 hectares e abranger as freguesias de Alverca, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria.

Segundo a autarquia vilafranquense, o parque integra trilhos pedonais, que permitem a circulação de bicicletas, um espaço multifuncional, com o nome de ‘Praia dos Pescadores', onde está previsto a implantação de um Centro de Interpretação Ambiental e da Paisagem.
"Pretende-se que venha a ser uma infra-estrutura estratégica em termos de recreio, lazer e conservação da natureza, com interesses alargados a muitos domínios, nomeadamente pedagógico e científico", explica a município.»

"Forte da Casa vai ligar-se ao rio com passagem sobre a EN10 e caminho de ferro"


«Os habitantes do Forte da Casa vão ficar com uma ligação directa à zona ribeirinha da freguesia através de uma passagem superior pedonal (na zona do Lezíria Park) que passará sobre a Estrada Nacional 10 e sobre a linha de caminho de ferro. O projecto da responsabilidade da empresa Adão Fonseca, engenheiros consultores, foi apresentado na última reunião pública do executivo, que decorreu na freguesia a 19 de Setembro.
A passagem em linha recta inicia-se no parque urbano do Forte da Casa, terá 200 metros de extensão e permitirá ligação à zona comercial e, mais à frente, ao futuro Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo. A passagem ficará a uma distância de 5,6 metros de altura da estrada nacional e a 17 metros da linha do comboio.

As paredes da passagem terão 1,90 metros de altura, ocultando a linha de caminho de ferro a quem atravessa e deixando visível o parque ribeirinho e a paisagem envolvente. Na zona dos acessos, além de escadas, serão colocados elevadores. Dada a exiguidade do espaço não foi possível incluir rampas de acesso para pessoas com dificuldades de locomoção já que essa estrutura ficaria mais extensa do que a própria passagem superior. As estruturas serão montadas em fábrica e instaladas no local durante a noite para evitar interromper a normal circulação rodoviária e ferroviária.

Nos pontos de acesso serão instaladas câmaras de videovigilância. O vereador da Coligação Novo Rumo, representada maioritariamente pelo PSD, Rui Rei, chamou a atenção para as questões de insegurança associadas ao espaço, que considera que deveria ser o mais transparente possível a fim de dissuadir comportamentos menos correctos. "De outra forma teremos o que acontece em Alverca. Temos uma passagem superior com 30 metros que ninguém utiliza porque já foram lá pessoas assaltadas", alertou lembrando que é necessário assegurar boa iluminação.

Para a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha (PS), a extensão da passagem permitirá que a mesma se torne num local de exercício. A passagem enquadra-se na obra de requalificação da frente ribeirinha da zona sul do concelho de Vila Franca de Xira apoiada por fundos comunitários do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) a que o município se candidatou. A requalificação prevê ainda a construção do parque urbano da Póvoa de Santa Iria e o Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo que abrange as freguesias de Alverca do Ribatejo, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria.»

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jornal regional O Mirante dá destaque a inciativa d'Os Amigos do Forte



Leia a aqui a notícia, que também também foi publicada na edição em papel desta semana.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Atividade "O Tejo, as aves estuarinas e a sua paisagem a bordo do barco varino Liberdade"


Com cerca de 30 entusiastas a bordo do barco varino Liberdade, a associação cívica Os Amigos do Forte organizou, em parceria com SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), no último domingo (16-set.) um passeio de observação de aves e restantes riquezas naturais do Estuário do Tejo, entre Vila Franca e o Parque das Nações (com cerca de 50km). 

Com um rio calmo e silencioso, ao qual se juntou um dia bonito como pano de fundo, foram ao longo desta jornada observadas e estudadas mais de uma dezena de espécies entre as várias centenas de aves avistadas (flamingos, águias-sapeira, garças-real, garajaus, guinchos, corvos-marinhos, etc.). 

No final, uma navegação suave e uma tripulação fantástica, trouxeram a bom-porto a boa-disposição, os sorrisos estampados no rosto de cada um e um até breve!


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Filme de animação: "A incrível história das linhas de Torres Vedras"


Escapou na altura em que concorreu, foi votado e venceu (2010), mas pela sua qualidade imaginativa, histórica e importância na transmissão da mensagem, trazemos aqui passados dois anos o pequeno filme de animação "A incrível história das linhas de Torres Vedras", sobre as as linhas defensivas de Torres Vedras e as Invasões Francesas, que venceu o concurso internacional de animação Bang-awards.
O filme pode ser visto em: http://www.bang-awards.com/

Autor: Alice Eça Guimarães

Resumo: No início do séc XIX, Portugal, com uma situação estratégica geográfica invejável, várias colónias no mundo novo e, com vizinhos sedentos de poder, é palco de intrigas políticas que levam a que o país seja devassado em prol de guerras que não procurou, das quais não é protagonista, mas que vão mudar a imagem do reino para sempre.

Linhas de Wellington (cinemax)


Título Original: Linhas de Wellington
Dados Técnicos:
Realização: Valeria SARMIENTO
Elenco:
Vincent Perez, Soraia Chaves, Paulo Pires
Duração:
135 min
Classificação Etária:
M/12
Ano:
2012
País:
Portugal
Distribuidora:
Leopardo Filmes
Links: Site Oficial



Em 27 de Setembro de 1810, as tropas francesas comandadas pelo marechal Massena, são derrotadas na Serra do Buçaco pelo exército anglo-português do general Wellington. Apesar da vitória, portugueses e ingleses retiram-se a marchas forçadas diante do inimigo, numericamente superior, com o objectivo de o atrair a Torres Vedras, onde Wellington fez construir linhas fortificadas dificilmente transponíveis.

Simultâneamente, o comando anglo-português organiza a evacuação de todo o território compreendido entre o campo de batalha e as linhas de Torres Vedras, numa gigantesca operação de terra queimada, que tolhe aos franceses toda a possibilidade de aprovisionamento local. É este o pano de fundo das aventuras de uma plêiade de personagens de todas as condições sociais – soldados e civis; homens, mulheres e crianças; jovens e velhos -, arrancados à rotina quotidiana pela guerra e lançados por montes e vales, entre povoações em ruína, florestas calcinadas, culturas devastadas.

Perseguida encarniçadamente pelos franceses, atormentada por um clima inclemente, a massa dos foragidos continua a avançar cerrando os dentes, simplesmente para salvar a pele, ou com a vontade tenaz de resistir aos invasores e rechaçá-los do país, ou ainda na esperança de tirar partido da desordem reinante para satisfazer os mais baixos instintos.

Todos, quaisquer que sejam o seu carácter e as suas motivações – do jovem tenente idealista Pedro de Alencar, passando pela maliciosa inglesinha Clarissa Warren, ou pelo sombrio traficante Penabranca, até ao vindicativo sargento Francisco Xavier e à exuberante vivandeira Martírio -, convergem por diferentes caminhos para as linhas de Torres, onde o combate final deve decidir do destino de cada um.
  

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"O Tejo, as aves estuarinas e a sua paisagem a bordo do barco varino Liberdade" (16/Set._9:20_Vila Franca Xira)


«Os Amigos do Forte» e a «Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves» (SPEA), organizam um passeio de cerca de 6 horas a bordo do barco varino "Liberdade", no próximo dia 16 de Setembro, pelas 9:20, com partida agendada para o cais de Vila Franca de Xira.

As inscrições encontram-se limitadas à lotação da embarcação, pelo se sugere a atempada inscrição caso queira embarcar connosco nesta actividade!

Deixamos seguidamente a ficha de actividade que poderá também ser descarregada no site da SPEA (carregue aqui).


FICHA DA ATIVIDADE

Nome: O Tejo, as aves estuarinas e a sua paisagem a bordo do barco varino Liberdade
Data: 2012-09-16
Data de Conclusão: 2012-09-16
Hora: 09:20:00
Hora de Conclusão 16:30:00

Descrição:

Passeio acompanhado, de 6 horas, a bordo do barco varino “Liberdade” destinado a observar as aves e a paisagem do Estuário do Tejo, assim como a sua margem direita (algumas questões urbanísticas e património)

Entidade Organizadora: Associação cívica Os Amigos do Forte

Apoio: SPEA 

Destinatários: Esta atividade dirige-se a sócios da SPEA e associados d’Os Amigos do Forte; todas as idades; não é aconselhável para pessoas com mobilidade reduzida. 

Nº participantes: Min.: 32; Máx. 34 

Programa:
Após concentração, pelas 9:20, acompanhados por 3 técnicos especializados da SPEA, pelas 10:00, zarparemos do cais de Vila Franca de Xira, em direção à marina do Parque das Nações (hora prevista de chegada 12:00/12:30). Após uma paragem de 1 hora, de utilização livre para os participantes, iniciar-se-á a viagem de regresso ao cais de partida (hora prevista de chegada: 16:00/16:30).

Neste passeio, com cerca de 50km de extensão, serão utilizados dois canais para a viagem (um entre mouchões, pela denominada “cala das barcas”, e outro junto à margem direita do rio, pela “cala norte”).

A escolha do canal de ida e regresso estará condicionada pelas marés e condições climatéricas e será da competência do mestre da embarcação. No entanto, prevê-se que a ordem indicada será cumprida (vide aqui mapa aproximado do percurso). Ver percurso 

Ponto de encontro:
9h20 - Entrada sul do Jardim Constantino Palha em Vila Franca de Xira, (perto da estação C.P.);
Latitude: 38°57'12.79"N Longitude: 8°59'13.64"W. Ver mapa
Preço:

€ 19,50. Inclui viagem de barco e seguro.

Recomendações:
Sugere-se a utilização do comboio até ao local de partida/chegada, dada proximidade da estação da CP de Vila Franca de Xira. Existem algumas bolsas de estacionamento nas imediações do cais de embarque (ver mapa da zona); Aconselha-se: o aprovisionamento de comida e bebida (merenda), pois não serão vendidos/servidos a bordo; a utilização de agasalho e/ou proteção solar em função das condições climatéricas; Será disponibilizado algum material de observação de aves, que contudo não será suficiente para todos os participantes em simultâneo.


Inscrição:

Até 12 de setembro, através:
amigosdoforte@gmail.com (preferencial)
Rui Mateus (96 445 68 61) ou
Jorge Portijo (96 536 84 00)

Indicar nome completo, n.º de associado/sócio, data de nascimento, e-mail e contacto telefónico.
A inscrição só será definitiva após confirmação do pagamento a realizar por transferência bancária para a conta da associação no banco Millennium BCP (NIB: 0033-0000-45352460484-05).


Reportagem da RTP–Salinas Alverca

Esta manhã foi emitida uma reportagem sobre o polémico pedido de licenciamento urbanístico nas Salinas de Alverca.
Aqui fica o link para poderem visualizar a mesma.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=584529&tm=8&layout=122&visual=61