quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Póvoa de Santa Iria–Solvay desenvolve pólo tecnológico na área das fábricas desactivadas

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Fonte: Jornal “Público” – 26/02/2015

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Foco da legionella confirmado

 
«As análises laboratoriais finais ao surto da legionella ocorrido em Vila Franca de Xira confirmaram que a origem foi a empresa Adubos de Portugal, apurou o SOL.
 
Análises confirmam que ADN da bactéria detectada na empresa é igual à que foi encontrada nos doentes.
 
O relatório onde consta esta conclusão foi elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e está já há algum tempo nas mãos do Ministério Público – que se encontra desde Novembro a investigar o caso, tendo aberto um inquérito por crime ambiental.
 
Através de várias e complexas análises, os peritos do INSA confirmaram que o ADN da legionella encontrado nas torres de refrigeração da fábrica Adubos de Portugal é o mesmo que foi detectado na bactéria que atingiu os doentes. Ou seja, a estirpe da legionella pneumophila existente nas amostras recolhidas nas torres de arrefecimento apresentam igual perfil molecular ao da estirpe da bactéria isolada nas secreções brônquicas dos doentes.
 
Além do relatório do INSA, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira, já recebeu também o relatório da Direcção-Geral de Saúde com os dados recolhidos sobre o surto, que afectou 375 pessoas e  matou 12.
 
Os peritos deste organismo de saúde realizaram inquéritos epidemiológicos (aos doentes e familiares), fizeram vigilância epidemiológica da doença e analisaram o mapa dos ventos predominantes naqueles dias para determinarem como a bactéria se disseminou. E, segundo um documento interno da DGS, onde este organismo analisa todo o processo, os elementos recolhidos “poderão eventualmente consubstanciar a prática de um crime de poluição”.
 
Afastada responsabilidade de outras fábricas
 
Afastada ficou a possibilidade de o surto ter origem na Central de Cervejas e na fábrica de químicos Solvay, as outras duas empresas onde se detectaram vestígios da mesma bactéria e se colocou a possibilidade de serem  também responsáveis pelo problema.
 
As autoridades de saúde e ambientais, sabe o SOL, chegaram a temer que não fosse possível identificar com toda a certeza a origem deste surto, que segundo a DGS, durou entre 12 de Outubro e 4 de Dezembro.
 
O próprio ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu publicamente essa hipótese, quando a 11 de Novembro de 2014 lembrou que já houve vários surtos em que nunca se identificou a fonte.
 
Só o ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva, mostrou acreditar, logo naquela altura, que “a culpa não morrerá solteira”. E chegou mesmo a revelar ao país que, segundo os exames preliminares, o principal suspeito era a Adubos de Portugal – o que agora foi confirmado em análises extremamente complexas.
 
Empresa não foi ouvida
 
A Procuradoria-Geral da República anunciou a 13 de Novembro a abertura do inquérito-crime. Mas os responsáveis da Adubos de Portugal – que em Dezembro voltou a abrir portas – garantem que até agora nunca foram ouvidos. Segundo fonte oficial da fábrica, “não houve qualquer contacto” do Ministério Público (MP) ou da Polícia Judiciária.
 
Caso o MP deduza acusação contra a empresa, os doentes e familiares poderão avançar com pedidos de indemnização. As vítimas – que têm tido o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e também o aconselhamento da Ordem dos Advogados – ainda não avançaram com acções cíveis porque aguardam pela investigação do MP, de forma a poderem identificar a entidade responsável pelo que aconteceu. Além disso, a própria autarquia já anunciou que pode também avançar para tribunal por danos causados pelo surto no concelho.»
 
Fonte: Jornal Sol online (http://sol.pt/noticia/124612), de 22/02/2015, por Catarina Guerreiro

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

"O lado postitivo da crise: o ambiente está a melhorar"

 
Tudo ou quase tudo na vida tem lado positivo, ainda que por vezes tenha de ser procurado.
 
A crise que temos vivido no últimos anos tornou Portugal num país melhor do ponto de vista ambiental.

Os dados são bastante animadores!
 
Consulte a útil e clara infografia que o Dinheiro Vivo preparou sobre este tema: carregue aqui.

Forte da Casa tem a funcionar nova passagem pedonal única na região


«A nova passagem superior pedonal do Forte da Casa, que liga o parque urbano daquela vila à zona ribeirinha e ao rio Tejo, abriu ao público no último fim-de-semana com apelos à sua preservação e manutenção.
 
É uma complexa obra de engenharia, feita em tabuleiros de betão pré-fabricados, que custou um milhão e 360 mil euros. Tem dois elevadores, atravessa a movimentada Estrada Nacional 10 e a linha do norte da CP. Dezenas de pessoas saíram à rua para participar na cerimónia e serem as primeiras a experimentar o novo equipamento. Incluindo também engenheiros e arquitectos da região de Lisboa, que foram conhecer a obra ao vivo.
 
“Vimos as imagens na Internet e quisemos vir conhecê-la in loco. Foi muito audacioso fazerem uma passagem com esta altura e inserida num meio apertado”, conta a O MIRANTE Rodrigo Mota, que foi à inauguração juntamente com três colegas do Instituto Superior Técnico. Outro amigo, Rui, destacou a forma como o desenho da passagem “não entra em conflito” com o meio que o rodeia.
 
As preocupações do grupo foram, porém, semelhantes às do presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS): como manter a passagem limpa, longe do vandalismo e em bom estado de conservação. “O que aqui inauguramos deve ser um motivo de orgulho que permitirá dar mais qualidade de vida a todos quantos vivem no Forte da Casa. Só espero que a passagem seja bem utilizada e não tenhamos um mau uso dela. Estou convicto que todos vamos estar à altura de a saber conservar”, apelou o autarca.
 
No discurso da inauguração, Alberto Mesquita lembrou que a obra era uma aspiração antiga e que a sua construção foi “repleta de dificuldades” que tiveram de ser ultrapassadas. Entre elas esteve a decisão de fazer os tabuleiros em pré-fabricado, uma decisão inédita na região.
 
A nova estrutura tem pilares com mais de 20 metros de altura que pesam, cada um, cerca de 33 toneladas. A maior peça da passagem pedonal é um tabuleiro pré-fabricado, colocado sobre a Estrada Nacional 10, com uma extensão de 35 metros e um peso de quase 100 toneladas. Os trabalhos de montagem decorreram durante a noite, em alguns locais a mais de 20 metros de altura.
 
A complexa operação de montagem de dois tabuleiros pré-fabricados obrigou ao corte da circulação na EN10 e da linha de comboio. Pronta desde Maio de 2014, a estrutura só abriu este mês por causa de imposições feitas pela Rede Ferroviária Nacional (Refer), no que dizia respeito à colocação de mais vedações de protecção em alguns locais, tarefa que só recentemente ficou concluída. A obra representa um investimento de um milhão e 360 mil euros, sendo que cerca de 560 mil euros foram financiados por fundos comunitários.
 
“É um momento há muito esperado e muito importante, não só pela ligação que proporciona mas pelo que simboliza, porque a aspiração de chegar ao rio a partir do Forte da Casa era muito antiga”, notou Jorge Ribeiro, presidente da nova União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.
 
A inauguração contou também com momentos de animação através do grupo de teatro Grutaforte e a actuação do grupo de reformados e pensionistas do Forte da Casa.»
 
Fonte: jornal O Mirante online, edição de 22 de janeiro de 2015 (http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=688&id=106509&idSeccao=12274&Action=noticia#.VNOY5CyJ1pk)
 
 
Veja ainda o vídeo disponibilizado por este jornal: carregue aqui.