Cidadania Activa
Enquanto cidadãos temos o direito e dever de participar activamente na vida pública das comunidades onde nos inserimos. Esse dever não se esgota com a ida às urnas, não se resume, ou pelo menos não se deve resumir à mera eleição de órgãos representativos, nem tão pouco a actividades do aparelho partidário.
Por outras palavras, o cidadão não deve perder-se confortavelmente nos sofás da ataraxia, à espera que durante os curtos períodos duração dos mandatos os eleitos legislativos, autárquicos ou regionais resolvam, como por magia, os problemas que nos assolam, e que estruturem o nosso futuro de forma autónoma. Pede-se antes uma atitude pró-activa, quer esta seja ou não solicitada/desejada.
Em suma, o que se pretende é que os eleitos públicos governem com e para as pessoas.
Paralelamente, não devemos esperar pelas eleições subsequentes para “julgar” o desempenho daqueles que nos governam, e que por vezes até elegemos, num sistema óptimo deve haver um fluxo contínuo e recíproco entre os eleitos e representados. Os primeiros deverão actuar de forma clara, transparente e aberta, enquanto que os segundos deverão ser chamados a pronunciar-se sobre as decisões estruturantes, aquelas que afectem significativamente a comunidade, nomeadamente com recurso a instrumentos como o referendo, discussões públicas, fóruns de discussão, audição permanente das diversas associações cívicas e dos problemas e opiniões do cidadão.
É neste âmbito que nascem os «Amigos do Forte». Na sua missão podemos identificar o claro intuito de preservação e respeito pelo passado/identidade, e de projecção conjugada no presente na certeza de garantir um futuro melhor, com mais e melhor qualidade de vida e bem-estar.
A fechar, num momento em que a cidadania activa parece despertar entre nós, este espaço livre de barreiras físicas ou burocráticas intransponíveis, de promoção de uma participação atenta, informada e tempestiva é o corolário do caminho trilhado, do espírito que está na génese deste movimento/associação, corresponde aos anseios e é, mais profundamente, uma homenagem a quem o/a idealizou.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
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Opinião
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