quinta-feira, 18 de junho de 2009

Proposta de Criação de Circuitos: pedonais e cicláveis

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Os Amigos do Forte, aproveitando a realização da reunião pública de Câmara na Freguesia do Forte da Casa, apresentaram ontem (17/Junho/2009) uma proposta de criação de circuitos pedonais e cicláveis nesta freguesia. Este trabalho, constante do plano de actividades da associação para este ano, envolveu diversas intervenções no terreno e pesquisa relevante na área, tendo ainda contado com a participação de associados e cidadãos interessados no tema.
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Segundo o nosso entendimento, que aliás se encontra alinhado com o de especialistas em mobilidade e transportes, ONG's, algumas instituição públicas nacionais e internacionais que se dedicam a destacar a importância dos meios de transporte suaves e dos próprios cidadãos, estamos nesta fase perante a necessidade de mudança de paradigma de mobilidade. Especialmente, ao nível dos movimentos diários no interior das localidades.
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Entendemos que o que está em causa é o ambiente, a economia, a escassez de recursos mas, consideramos que está essencialmente em causa a possibilidade de termos uma vida mais saudável e sustentável em todos os planos, bastando para tal actuar/mudar a tempo.


De acordo com o estudo elaborado e face às lacunas identificadas, como podemos observar na imagem infra, a proposta embora preveja uma espécie de rede interna de mobilidade alternativa à motorizada (tem na sua globalidade cerca de 14Km) é composta por 3 circuitos principais que se interligam entre si.
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1) A azul temos o circuito dos fortes, que tem como principais finalidades: a criação de uma rota histórica que atravessará os redutos defensivos da Linha de Torres (Invasões Francesas); criação de um circuito de manutenção (desporto ao ar livre); a ligação pedestre/ciclável à Verdelha; e fruição ambiental e paisagística;

2) A vermelho podemos ver o circuito urbano, que tem como principal objectivo criar meios de mobilidade alternativa (transportes suaves ou a pé) nas deslocações diárias e internas à freguesia (do tipo: escola-casa; casa-serviços públicos; comércio-casa);

3) O circuito ribeirinho, representado a laranja, tem o intuito de proporcionar a devolução da zona ribeirinha às pessoas e proporcionar, com mínimo impacto, a circulação de pessoas naquela zona, de modo a ser possível contactar com a natureza e paisagens únicas no nosso concelho.

Em síntese, no seu conjunto esta proposta poderá então ser encarada numa quadrupla dimensão - mobilidade; história/cultura; desportiva; ambiental/paisagística - e, face às características muitos especiais da nossa vila (naturais e de ordenamento do território), conjugadamente e com pouco investimento permitirá dar resposta a anseios e necessidades dos fregueses e munícipes.

Intimamente ligada à lógica interna de mobilidade, está a identificação da necessidade de criação de uma rede municipal e até intermunicipal de mobilidade alternativa aos automóveis e transportes públicos, não só com a criação de espaços destinados exclusivamente a este efeito, mas também com a preparação das vias de comunicação a construir ou a requalificar no futuro neste sentido.

A Sr.ª Presidente Câmara, Maria de Lurdes Rosinha, agradeceu a proposta, comprometeu-se a debruçar-se sobre ela e a estabelecer contactos num futuro próximo no sentido de discutir a problemática e conteúdo da mesma.

Esta proposta é por nós entendida e assumida como um documento de trabalho, um ponto de partida, uma maneira de colocar na ordem do dia estes temas e alertar para a satisfação destas necessidades, que carece de aprofundamento técnico, económico e cívico.
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Estamos abertos à participação crítica de todos, bem como ao esforço cívico e construtivo de melhoria! Para mais informações ou consulta do documento na sua integra, é favor enviar e-mail para amigosdoforte@gmail.com .

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Passeio Pedestre


Convidamos todos os amigos a estarem presentes nesta iniciativa, será concerteza uma manhã de sábado bem passada.

O ponto de encontro é no Largo do Forte, na entrada para a fortificação.

Até sábado.

Olhar As Linhas de Torres


Exposição Itinerante
Até 30 de Junho
Zona Ribeirinha de Alhandra (Junto à Casa – Museu Dr. Sousa Martins)
Integrada no programa de comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Reportagem Fotográfica à Freguesia do Forte da Casa: "Pontos Negros"


Porque um dos papeis da cidadania, que se quer activa e participativa passa, entre outros, pela denúncia e informação de problemas que afectam negativamente a comunidade, os «Amigos do Forte» não poderiam deixar de aproveitar esta ferramenta/meio para, com recurso à imagem fotográfica, cumprir essa missão.

Esperamos, mais profundamente, com esta atitude contribuir construtivamente para resolução destes (os identificados) pequenos grandes problemas que nos assolam. Problemas esses, não raras vezes de fácil e rápida resolução e, mais ainda, cuja resolução é largamente apreciada pelos cidadãos. Não nos pretendemos refugiar na crítica negativa e destrutiva, que todos os males aponta e poucos ou nenhum elemento positivo descortina na gestão da vida comunitária da autarquia.

Após um pequeno périplo pela freguesia do Forte da Casa saltaram à vista inúmeros motivos de "reportagem". Muitas mais imagens poderiam ter sido transportadas até aqui, trazemos todavia aquelas que nos parece mais importante destacar por ora e cujos problemas poderão, como ficou dito, ter resolução facilitada.

1. Em primeiro lugar, cumpre denunciar a localização dos caixotes do lixo (em muitos casos, ainda não definitivamente arrumados em ilhas ecológicas, que não são mais do que reservatórios subterrâneos), localizados sobre os passeios ou mesmo na via pública prejudicando no primeiro caso a circulação dos peões (pessoas com incapacidades de diversa ordem incluídas) atirando-os mesmo para via pública ou, por outro lado, dificultando a tarefa de circulação e estacionamento automóvel. São também visíveis os indesejados efeitos estéticos e de salubridade.


As imagens apresentadas são da Rua da República, da Rua Capitão Salgueiro Maia e da urbanização Courela do Curral.


Se é verdade que estes pontos são fundamentais na recolha de resíduos sólidos e na reciclagem de materiais, é igualmente importante localizá-los de forma inteligente, ordenada, respeitadora das normas aplicáveis e até do elemento estético (tem-se a sensação que a freguesia anda a várias velocidades, em determinadas zonas já existem as chamadas "ilhas ecológicas", enquanto que noutras por e simplesmente o lixo caí dos caixotes largados ao abandono em plena via pública).


2. Importa também destacar o estacionamento abusivo e desordenado em cima dos passeios que abunda pela nossa freguesia. A falta de civismo em alguns casos está na origem desta situação (dado que muitos dos concidadãos, tendo alternativa viável, não abdicam de ter o seu carro a poucos metros da entrada das suas habitações violando as normas e desrespeitando os demais) contudo, na maior parte das vezes, não existe outra solução senão recorrer ao espaço que normalmente está destinado aos peões.






As imagens ilustram o estacionamento na Rua António Gedeão; na Rua da Escola; depois mais duas da Rua da República; e for fim, da Rua Alves Redol (mercado).

Face à realidade vigente, que não é muito diferente da de outros municípios e freguesias, cabe às autarquias: procurar alternativas viáveis ao estacionamento abusivo; reordenar o espaço; procurar não cair nos mesmos erros do passado em urbanizações presentes e futuras (algo que infelizmente ainda não acontece); desincentivar ou impedir mesmo o estacionamento nos passeios (este acto não pode ter como desculpa a não existência de outras soluções); sensibilizar, responsabilizar os cidadãos pelo seu comportamento incorrecto e estimulá-los a eles próprios utilizarem alternativas ao seu alcance (por exemplo, utilizar o espaços destinados em muitos imóveis a parqueamento ou garagem para esse fim e não ocupar o lugar que pode ser utilizado por quem não tem essa possibilidade).

3. Não poderíamos deixar de tocar na deficiente sinalização das vias que cruzam a vila. Damos aqui dois exemplos deste tipo:


As imagens são da Rua 25 de Abril e da Rua da República.

Estamos nestes casos perante uma paragem que coincide com uma passadeira, um sinal de informação de passadeira que para além de estar em cima da passadeira, perturba mesmo a travessia dos peões que nela queiram atravessar. A última imagem, ainda da mesma passagem de peões, deixa a descoberto a solução errada que se adoptou em termos de arremate e escoamento de águas (a solução foi implementada há cerca de 1/2 meses e partes da estrutura já não se encontram no local, têm inclusive originado danos nas viaturas e são perigosas para a integridade física das pessoas). Uma breve nota sobre as diferentes tentativas de se encontrar a solução ideal para uma passagem de peões: todas elas têm sido estéreis; embora se tenha melhorado, este formato de passadeiras continua a não estar de acordo com as normas aplicáveis.
Convidamos os responsáveis a rever toda a sinalização da freguesia, dado são diferentes as lacunas, erros e imprecisões que poderão encontrar.

(Continua..)

(continuação) Reportagem Fotográfica à Freguesia do Forte da Casa: "Pontos Negros"

4. Aproveitamos ainda esta oportunidade para relatar neste espaço o depósito de resíduos e entulho, fora da lei, em diversos pontos da vila, sem que nada seja feito no sentido de corrigir ou evitar esta situação, entre outros desleixos quanto à limpeza e aparência da paisagística urbana.
Começando pelo depósito de resíduos e entulho, as figuras 1, 2 e 3 (da esquerda para direita temos uma imagem do topo do "monte" do Forte da Casa, junto ao forte n.º 39, e outra junto à zona conhecida como a Terra da Pastoria) retratam a total falta de respeito que os cidadãos têm pelo ambiente e paisagem, em estreito paralelo com a inacção das autarquias locais. Se os resíduos são deixados nos locais referidos é porque se criaram condições facilitadas para os veículos circularem naquelas zonas (nomeadamente, com as movimentações de terras para a construção da 4.ª fase há meia dúzia de anos atrás) e, por outro lado, também porque pouco ou nada se tem feito no sentido de evitar a circulação motorizada nesta zona.

A imagem lateral retrata a situação em que se encontra parte da Rua 11 de Março, onde domina o depósito indiscriminado de lixo e entulho, acompanhado de algum descuido estético-paisagístico da encosta, que resulta numa mistura "explosiva" que perturba o olhar do cidadão e dá ideia de total descuido. A diferença aqui, que mais nos choca, é que estamos em contexto urbano, no centro da vila, em zona habitacional e largamente habitada.

Ainda no que diz respeito à intercepção da Rua 11 de Março com a Rua Alves Redol e ainda na extensão que vai até ao mercado, parece ser esta área uma zona menos nobre, uma espécie de traseiras da freguesia, de vazadouro de toda espécie (ou não fosse por aqui que a maior parte das águas pluviais são naturalmente encaminhadas) e onde não parece existir interesse em melhorar, um aparente descrédito que, diga-se, foi ligeiramente colmatado pela criação de uma zona verde nas imediações (a chamada 2.ª fase do “parque urbano” nas traseiras da Rua Alves Redol que, como todos nós sabemos, não é mais do que o aproveitamento dos espaços por onde passa a conduta de abastecimento de água dos concelhos a jusante e onde não é possível edificar). A última imagem, bem como as seguintes, falam por si…









No entanto, a requalificação (referida no parágrafo anterior) das traseiras da Rua Alves Redol parece ter-se cingido mesmo aos locais de atravessamento da conduta de água. Para quando a requalificação e reconversão das traseiras (que inicialmente seria a entrada principal) do Pavilhão Polidesportivo que se encontra completamente abandonada há pelo menos 15 anos? Vejamos as imagens…

...parece que o brio e cuidado com parte da envolvente do edifício da Junta de Freguesia está igualmente esquecida (as imagens que abaixo apresentamos têm cerca de 1 mês). Servem, fundamentalmente, estas imagens para levantar outra questão: onde nos conduzirão as escadas que estão nas traseiras do edifício? Serão, por exemplo, os fregueses do Bº da Soda da Póvoa obrigados a contornar um enorme número de edifícios, quando a junta está mesmo ali? Vejamos:


















5. Finalmente, deixamos alguns perigos e "descuidos". Este último bloco de imagens, foi captado na zona para a qual estava (ou está) projectada a 4.ª fase (no topo do da vila). Fica patente que o projecto e movimentações de terras ficaram a meio, e como nada se pode construir, ficam as pessoas à mercê da sua própria sorte.























A insegurança é evidente. Um cidadão mais incauto pode ter o azar de cair numa das caixas de saneamento dissimuladas entre a vegetação ou cair de uma altura de aproximadamente 3 metros quando alegremente acaba de fazer uma visita ao reduto n.º 39 .

Lembramos que crianças e desportistas frequentam esta zona. Os riscos são evidentes. É urgente intervir.

As imagens valem mais do que muitas palavras...

Ficam os alertas, aguardam-se soluções!