quarta-feira, 3 de junho de 2009

Reportagem Fotográfica à Freguesia do Forte da Casa: "Pontos Negros"


Porque um dos papeis da cidadania, que se quer activa e participativa passa, entre outros, pela denúncia e informação de problemas que afectam negativamente a comunidade, os «Amigos do Forte» não poderiam deixar de aproveitar esta ferramenta/meio para, com recurso à imagem fotográfica, cumprir essa missão.

Esperamos, mais profundamente, com esta atitude contribuir construtivamente para resolução destes (os identificados) pequenos grandes problemas que nos assolam. Problemas esses, não raras vezes de fácil e rápida resolução e, mais ainda, cuja resolução é largamente apreciada pelos cidadãos. Não nos pretendemos refugiar na crítica negativa e destrutiva, que todos os males aponta e poucos ou nenhum elemento positivo descortina na gestão da vida comunitária da autarquia.

Após um pequeno périplo pela freguesia do Forte da Casa saltaram à vista inúmeros motivos de "reportagem". Muitas mais imagens poderiam ter sido transportadas até aqui, trazemos todavia aquelas que nos parece mais importante destacar por ora e cujos problemas poderão, como ficou dito, ter resolução facilitada.

1. Em primeiro lugar, cumpre denunciar a localização dos caixotes do lixo (em muitos casos, ainda não definitivamente arrumados em ilhas ecológicas, que não são mais do que reservatórios subterrâneos), localizados sobre os passeios ou mesmo na via pública prejudicando no primeiro caso a circulação dos peões (pessoas com incapacidades de diversa ordem incluídas) atirando-os mesmo para via pública ou, por outro lado, dificultando a tarefa de circulação e estacionamento automóvel. São também visíveis os indesejados efeitos estéticos e de salubridade.


As imagens apresentadas são da Rua da República, da Rua Capitão Salgueiro Maia e da urbanização Courela do Curral.


Se é verdade que estes pontos são fundamentais na recolha de resíduos sólidos e na reciclagem de materiais, é igualmente importante localizá-los de forma inteligente, ordenada, respeitadora das normas aplicáveis e até do elemento estético (tem-se a sensação que a freguesia anda a várias velocidades, em determinadas zonas já existem as chamadas "ilhas ecológicas", enquanto que noutras por e simplesmente o lixo caí dos caixotes largados ao abandono em plena via pública).


2. Importa também destacar o estacionamento abusivo e desordenado em cima dos passeios que abunda pela nossa freguesia. A falta de civismo em alguns casos está na origem desta situação (dado que muitos dos concidadãos, tendo alternativa viável, não abdicam de ter o seu carro a poucos metros da entrada das suas habitações violando as normas e desrespeitando os demais) contudo, na maior parte das vezes, não existe outra solução senão recorrer ao espaço que normalmente está destinado aos peões.






As imagens ilustram o estacionamento na Rua António Gedeão; na Rua da Escola; depois mais duas da Rua da República; e for fim, da Rua Alves Redol (mercado).

Face à realidade vigente, que não é muito diferente da de outros municípios e freguesias, cabe às autarquias: procurar alternativas viáveis ao estacionamento abusivo; reordenar o espaço; procurar não cair nos mesmos erros do passado em urbanizações presentes e futuras (algo que infelizmente ainda não acontece); desincentivar ou impedir mesmo o estacionamento nos passeios (este acto não pode ter como desculpa a não existência de outras soluções); sensibilizar, responsabilizar os cidadãos pelo seu comportamento incorrecto e estimulá-los a eles próprios utilizarem alternativas ao seu alcance (por exemplo, utilizar o espaços destinados em muitos imóveis a parqueamento ou garagem para esse fim e não ocupar o lugar que pode ser utilizado por quem não tem essa possibilidade).

3. Não poderíamos deixar de tocar na deficiente sinalização das vias que cruzam a vila. Damos aqui dois exemplos deste tipo:


As imagens são da Rua 25 de Abril e da Rua da República.

Estamos nestes casos perante uma paragem que coincide com uma passadeira, um sinal de informação de passadeira que para além de estar em cima da passadeira, perturba mesmo a travessia dos peões que nela queiram atravessar. A última imagem, ainda da mesma passagem de peões, deixa a descoberto a solução errada que se adoptou em termos de arremate e escoamento de águas (a solução foi implementada há cerca de 1/2 meses e partes da estrutura já não se encontram no local, têm inclusive originado danos nas viaturas e são perigosas para a integridade física das pessoas). Uma breve nota sobre as diferentes tentativas de se encontrar a solução ideal para uma passagem de peões: todas elas têm sido estéreis; embora se tenha melhorado, este formato de passadeiras continua a não estar de acordo com as normas aplicáveis.
Convidamos os responsáveis a rever toda a sinalização da freguesia, dado são diferentes as lacunas, erros e imprecisões que poderão encontrar.

(Continua..)

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