quarta-feira, 4 de julho de 2012

Rota Histórica das Linhas Torres premiada pelo Turismo de Portugal


«O projecto "Rota Histórica das Linhas de Torres", apresentado pelo Município de Mafra e pelos Municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, recebeu o "Prémio da Categoria Requalificação Projecto Público", no âmbito da VII Edição Prémios Turismo de Portugal 2011.
A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se no dia 26 de Junho, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.

A distinção, atribuída pelo júri presidido pelo Professor Doutor Guilherme d'Oliveira Martins, reconhece o contributo do projecto para a qualificação do turismo nacional e para a notoriedade de Portugal como destino turístico de excelência.

Saiba mais sobre o projecto "Rota Histórica das Linhas de Torres":

Na sequência das segundas invasões francesas, o duque de Wellington, comandando as tropas britânicas, teceu uma estratégia defensiva para a defesa de Lisboa que previa a construção de três linhas de redutos (pequenos fortes) que reforçavam os obstáculos naturais entre o Tejo e o Oceano Atlântico. Este sistema defensivo constituiu um dos marcos da arquitectura e estratégia militares da História Europeia, pela sua extensão (85 km), pelo número de fortificações (152), pela conjuntura que presidiu à sua edificação (envolvendo portugueses, ingleses e outros aliados europeus) e pela eficácia bélica alcançada - pois determinou o início da derrota final das tropas napoleónicas.
 
Estes redutos estavam armados de peças de artilharia que defendiam todas as vias de acesso. O trabalho decorreu em segredo absoluto: sob o comando inglês, mais de 150.000 camponeses trabalharam na construção destas fortificações, perfazendo um total de 152 fortes.
 
O esforço deste empreendimento resultou na derrota francesa, marcando o final das guerras napoleónicas. Passados dois séculos restam os vestígios materiais destes confrontos, inseridos ora em meio urbano, ora em meio rural.
 
Terminada a sua utilidade estratégico-militar, este património cultural europeu foi-se degradando, tendo-se tornado necessária  uma intervenção de reabilitação, que permitisse o seu usufruto por parte das populações e a sua constituição, não só como um importante elemento identitário, mas também como um valioso recurso turístico, cultural e educativo, para questões tão diversas como a cidadania, a defesa do Ambiente ou a História Europeia.
 
O projecto integrado de Salvaguarda, Recuperação e Valorização das Linhas de Torres Vedras consistiu assim na recuperação da parte mais significativa de um sistema de fortificações militares de campo, construído, na sua grande parte, entre 1809 e 1810, para a defesa da cidade de Lisboa, face às invasões do exército napoleónico, durante a Guerra Peninsular (1807 - 1814).
 
Para tal, as Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço,Torres Vedras e Vila Franca de Xira, em cuja área concelhia se situam as 1.ª e 2.ª Linhas, constituiram a Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres (PILT).
 
Este projecto mereceu o financiamento por parte do EEAGrants, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu. Começados os trabalhos em 2006,  os mesmos continuaram até Abril de 2011. Porém, à medida que os projectos específicos iam sendo terminados, estes iam sendo abertos à fruição pública.
 
Neste momento, a Rota Histórica das Linhas de Torres - no que respeita a esta primeira fase do projecto - está aberta ao público.
 
A Rota Histórica das Linhas de Torres compõe-se dos vários fortes recuperados e agrupados em Circuitos e em 6 Centros Interpretativos, cada um com uma temática própria para além do discurso comum de informação ao turista.
 
Foi também criada uma Grande Rota pedestre - a GR30 - que engloba toda a área, subdividida em percursos de extensão vária.»

Fonte: site da Câmara Municipal de Mafra, 27/06/2012 (http://www.cm-mafra.pt/turismo/noticia.asp?noticia=1913)

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