«O projecto
"Rota Histórica das Linhas de Torres", apresentado pelo Município de
Mafra e pelos Municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Sobral de Monte
Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, recebeu o "Prémio da
Categoria Requalificação Projecto Público", no âmbito da VII Edição
Prémios Turismo de Portugal 2011.
A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se no dia 26 de Junho, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.
A distinção, atribuída pelo júri presidido pelo Professor Doutor Guilherme d'Oliveira Martins, reconhece o contributo do projecto para a qualificação do turismo nacional e para a notoriedade de Portugal como destino turístico de excelência. Saiba mais sobre o projecto "Rota Histórica das Linhas de Torres": Na sequência das segundas invasões francesas, o duque de Wellington, comandando as tropas britânicas, teceu uma estratégia defensiva para a defesa de Lisboa que previa a construção de três linhas de redutos (pequenos fortes) que reforçavam os obstáculos naturais entre o Tejo e o Oceano Atlântico. Este sistema defensivo constituiu um dos marcos da arquitectura e estratégia militares da História Europeia, pela sua extensão (85 km), pelo número de fortificações (152), pela conjuntura que presidiu à sua edificação (envolvendo portugueses, ingleses e outros aliados europeus) e pela eficácia bélica alcançada - pois determinou o início da derrota final das tropas napoleónicas.
Estes redutos
estavam armados de peças de artilharia que defendiam todas as vias de
acesso. O trabalho decorreu em segredo absoluto: sob o comando inglês,
mais de 150.000 camponeses trabalharam na construção destas
fortificações, perfazendo um total de 152 fortes.
O esforço deste
empreendimento resultou na derrota francesa, marcando o final das
guerras napoleónicas. Passados dois séculos restam os vestígios
materiais destes confrontos, inseridos ora em meio urbano, ora em meio
rural.
Terminada a sua utilidade estratégico-militar, este património
cultural europeu foi-se degradando, tendo-se tornado necessária uma
intervenção de reabilitação, que permitisse o seu usufruto por parte das
populações e a sua constituição, não só como um importante elemento
identitário, mas também como um valioso recurso turístico, cultural e
educativo, para questões tão diversas como a cidadania, a defesa do
Ambiente ou a História Europeia.
O projecto integrado de Salvaguarda,
Recuperação e Valorização das Linhas de Torres Vedras consistiu assim
na recuperação da parte mais significativa de um sistema de
fortificações militares de campo, construído, na sua grande parte, entre
1809 e 1810, para a defesa da cidade de Lisboa, face às invasões do
exército napoleónico, durante a Guerra Peninsular (1807 - 1814).
Para
tal, as Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral
de Monte Agraço,Torres Vedras e Vila Franca de Xira, em cuja área
concelhia se situam as 1.ª e 2.ª Linhas, constituiram a Plataforma
Intermunicipal para as Linhas de Torres (PILT).
Este projecto mereceu
o financiamento por parte do EEAGrants, Mecanismo Financeiro do Espaço
Económico Europeu. Começados os trabalhos em 2006, os mesmos
continuaram até Abril de 2011. Porém, à medida que os projectos
específicos iam sendo terminados, estes iam sendo abertos à fruição
pública.
Neste momento, a Rota Histórica das Linhas de Torres - no
que respeita a esta primeira fase do projecto - está aberta ao público.
A
Rota Histórica das Linhas de Torres compõe-se dos vários fortes
recuperados e agrupados em Circuitos e em 6 Centros Interpretativos,
cada um com uma temática própria para além do discurso comum de
informação ao turista.
Foi também criada uma Grande Rota pedestre - a GR30 - que engloba toda a área, subdividida em percursos de extensão vária.»
Fonte: site da Câmara Municipal de Mafra, 27/06/2012 (http://www.cm-mafra.pt/turismo/noticia.asp?noticia=1913)
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