segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Na Senda das Linhas de Torres




Realizou-se, no passado Sábado dia 11 de Outubro, a 11ª Marcha dos Fortes organizada pelo Clube de Actividades de Ar Livre, Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras e Câmara Municipal de Loures.

Esta iniciativa de carácter lúdico, desportivo, de convívio e evocativo da importância que a construção das Linhas de Torres tiveram para a expulsão do exército Napoleónico do nosso país aquando da 3ª invasão no decorrer da Guerra Peninsular no séc. XIX.

Foram percorridos 42,4 Km, cujo início teve lugar na Quinta do Vale do Corvo no Concelho de Torres Vedras, com término em Bucelas. Acorreram a esta marcha centenas de participantes, entre os quais uma delegação de Espanha. Apesar de as condições meteorológicas, caracterizadas por chuva, vento e nevoeiro não serem as mais favoráveis, tal não desmobilizou quem acorreu a esta marcha.

Salienta-se o apoio logístico facultado pelas Câmaras Municipais de Torres Vedras (no caso com a presença do presidente na partida para o início da marcha em direcção à Serra do Socorro), Sobral de Monte Agraço, Mafra, Arruda dos Vinhos e Loures.

Por trilhos de excelente beleza paisagística e caminhos rurais ainda que envoltos por densa nebulosidade em parte do percurso, nomeadamente nos pontos mais elevados como na Serra do Socorro, no Alqueidão ou no Forte da Carvalha cujo perfil topográfico se situava entre os 390 e 440 mts de altitude, permitiu ter uma noção ainda que limitada do que teria sido a deslocação de populações e do exército anglo-luso para a rectaguarda das linhas com toda a panóplia de haveres no primeiro caso e de material de guerra no segundo.

Nesta longa caminhada foi então possível aceder aos seguintes locais das linhas: Serra do Socorro (Centro Interpretativo e Posto de Sinais), Forte da Enxara Grande (Mafra), Forte Grande do Alqueidão (Sobral de Monte Agraço), Forte da Carvalha (Arruda dos Vinhos), À-do-Mourão (Arruda dos Vinhos) e Forte do Arpim (Loures).

No decurso desta marcha em que inegavelmente é testemunhado a excelência da beleza paisagística da região oeste, quer nos embrenhemos nas zonas rurais quer nas zonas montanhosas, não pode deixar de se referir em como em diversos locais se assiste à total insensibilidade de concidadãos nossos que persistem em proceder a deposição de materiais e lixo de diversa natureza, nos locais que mereceriam o máximo de cuidado na preservação ambiental.

Esta Marcha dos Fortes, tornou-se na maior actividade de pedestrianismo regular do nosso país, sendo que o CAAL (Clube de Actividades de Ar Livre) é membro da ERA (European Ramblers Association), federação europeia da modalidade que representa cerca de 3,5 milhões de praticantes filiados.

Terminaram esta grande marcha 265 participantes, entre os quais o autor deste texto, cuja motivação para regressar em próxima iniciativa fica desde já expressa. Parabéns também a todos aqueles que não tendo terminado, certamente que no decurso do percurso que efectuaram, terão encontrado motivos para voltar.

Fica aqui lançado o desafio aos associados da Associação Cívica “Os Amigos do Forte” e a todos os que tenham lido este texto a participar na próxima grande Marcha dos Fortes.

Não tendo tido oportunidade de efectuar fotografias sobre este evento (as que tenho são muito poucas) e não estão nas melhores condições devido à nebulosidade, sugiro que consultem o site da organização que promoveu a marcha, onde podem consultar os diversos arquivos fotográficos (CAAL: www.clubearlivre.org).

Eduardo Vicente

sábado, 17 de outubro de 2015

Vítimas da legionella em Vila Franca de Xira ouvidas pela PJ um ano depois


«Foi o segundo maior surto de legionella do mundo. Morreram 14 pessoas. A infeção chegou a 403. Houve 209 queixas-crime, mas nenhuma acusação foi ainda deduzida. Apesar de o processo continuar em segredo de justiça, o site da RTP apurou que, ao fim de quase um ano, a Polícia Judiciária continua esta semana a ouvir testemunhas. E o processo segue "relativamente adiantado"».

Foi o segundo maior surto de legionella do mundo. Morreram 14 pessoas. A infeção chegou a 403. Houve 209 queixas-crime, mas nenhuma acusação foi ainda deduzida. Apesar de o processo continuar em segredo de justiça, o site da RTP apurou que, ao fim de quase um ano, a Polícia Judiciária continua esta semana a ouvir testemunhas. E o processo segue "relativamente adiantado" - See more at: http://www.rtp.pt/noticias/pais/vitimas-da-legionella-em-vila-franca-de-xira-ouvidas-pela-pj-um-ano-depois_es866272#sthash.ssggqG6l.dpuf
Foi o segundo maior surto de legionella do mundo. Morreram 14 pessoas. A infeção chegou a 403. Houve 209 queixas-crime, mas nenhuma acusação foi ainda deduzida. Apesar de o processo continuar em segredo de justiça, o site da RTP apurou que, ao fim de quase um ano, a Polícia Judiciária continua esta semana a ouvir testemunhas. E o processo segue "relativamente adiantado" - See more at: http://www.rtp.pt/noticias/pais/vitimas-da-legionella-em-vila-franca-de-xira-ouvidas-pela-pj-um-ano-depois_es866272#sthash.ssggqG6l.dpuf
Foi o segundo maior surto de legionella do mundo. Morreram 14 pessoas. A infeção chegou a 403. Houve 209 queixas-crime, mas nenhuma acusação foi ainda deduzida. Apesar de o processo continuar em segredo de justiça, o site da RTP apurou que, ao fim de quase um ano, a Polícia Judiciária continua esta semana a ouvir testemunhas. E o processo segue "relativamente adiantado" - See more at: http://www.rtp.pt/noticias/pais/vitimas-da-legionella-em-vila-franca-de-xira-ouvidas-pela-pj-um-ano-depois_es866272#sthash.ssggqG6l.dpuf

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Póvoa de Santa Iria–Solvay desenvolve pólo tecnológico na área das fábricas desactivadas

Solvay_Publico260215

Fonte: Jornal “Público” – 26/02/2015

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Foco da legionella confirmado

 
«As análises laboratoriais finais ao surto da legionella ocorrido em Vila Franca de Xira confirmaram que a origem foi a empresa Adubos de Portugal, apurou o SOL.
 
Análises confirmam que ADN da bactéria detectada na empresa é igual à que foi encontrada nos doentes.
 
O relatório onde consta esta conclusão foi elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e está já há algum tempo nas mãos do Ministério Público – que se encontra desde Novembro a investigar o caso, tendo aberto um inquérito por crime ambiental.
 
Através de várias e complexas análises, os peritos do INSA confirmaram que o ADN da legionella encontrado nas torres de refrigeração da fábrica Adubos de Portugal é o mesmo que foi detectado na bactéria que atingiu os doentes. Ou seja, a estirpe da legionella pneumophila existente nas amostras recolhidas nas torres de arrefecimento apresentam igual perfil molecular ao da estirpe da bactéria isolada nas secreções brônquicas dos doentes.
 
Além do relatório do INSA, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira, já recebeu também o relatório da Direcção-Geral de Saúde com os dados recolhidos sobre o surto, que afectou 375 pessoas e  matou 12.
 
Os peritos deste organismo de saúde realizaram inquéritos epidemiológicos (aos doentes e familiares), fizeram vigilância epidemiológica da doença e analisaram o mapa dos ventos predominantes naqueles dias para determinarem como a bactéria se disseminou. E, segundo um documento interno da DGS, onde este organismo analisa todo o processo, os elementos recolhidos “poderão eventualmente consubstanciar a prática de um crime de poluição”.
 
Afastada responsabilidade de outras fábricas
 
Afastada ficou a possibilidade de o surto ter origem na Central de Cervejas e na fábrica de químicos Solvay, as outras duas empresas onde se detectaram vestígios da mesma bactéria e se colocou a possibilidade de serem  também responsáveis pelo problema.
 
As autoridades de saúde e ambientais, sabe o SOL, chegaram a temer que não fosse possível identificar com toda a certeza a origem deste surto, que segundo a DGS, durou entre 12 de Outubro e 4 de Dezembro.
 
O próprio ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu publicamente essa hipótese, quando a 11 de Novembro de 2014 lembrou que já houve vários surtos em que nunca se identificou a fonte.
 
Só o ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva, mostrou acreditar, logo naquela altura, que “a culpa não morrerá solteira”. E chegou mesmo a revelar ao país que, segundo os exames preliminares, o principal suspeito era a Adubos de Portugal – o que agora foi confirmado em análises extremamente complexas.
 
Empresa não foi ouvida
 
A Procuradoria-Geral da República anunciou a 13 de Novembro a abertura do inquérito-crime. Mas os responsáveis da Adubos de Portugal – que em Dezembro voltou a abrir portas – garantem que até agora nunca foram ouvidos. Segundo fonte oficial da fábrica, “não houve qualquer contacto” do Ministério Público (MP) ou da Polícia Judiciária.
 
Caso o MP deduza acusação contra a empresa, os doentes e familiares poderão avançar com pedidos de indemnização. As vítimas – que têm tido o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e também o aconselhamento da Ordem dos Advogados – ainda não avançaram com acções cíveis porque aguardam pela investigação do MP, de forma a poderem identificar a entidade responsável pelo que aconteceu. Além disso, a própria autarquia já anunciou que pode também avançar para tribunal por danos causados pelo surto no concelho.»
 
Fonte: Jornal Sol online (http://sol.pt/noticia/124612), de 22/02/2015, por Catarina Guerreiro

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

"O lado postitivo da crise: o ambiente está a melhorar"

 
Tudo ou quase tudo na vida tem lado positivo, ainda que por vezes tenha de ser procurado.
 
A crise que temos vivido no últimos anos tornou Portugal num país melhor do ponto de vista ambiental.

Os dados são bastante animadores!
 
Consulte a útil e clara infografia que o Dinheiro Vivo preparou sobre este tema: carregue aqui.

Forte da Casa tem a funcionar nova passagem pedonal única na região


«A nova passagem superior pedonal do Forte da Casa, que liga o parque urbano daquela vila à zona ribeirinha e ao rio Tejo, abriu ao público no último fim-de-semana com apelos à sua preservação e manutenção.
 
É uma complexa obra de engenharia, feita em tabuleiros de betão pré-fabricados, que custou um milhão e 360 mil euros. Tem dois elevadores, atravessa a movimentada Estrada Nacional 10 e a linha do norte da CP. Dezenas de pessoas saíram à rua para participar na cerimónia e serem as primeiras a experimentar o novo equipamento. Incluindo também engenheiros e arquitectos da região de Lisboa, que foram conhecer a obra ao vivo.
 
“Vimos as imagens na Internet e quisemos vir conhecê-la in loco. Foi muito audacioso fazerem uma passagem com esta altura e inserida num meio apertado”, conta a O MIRANTE Rodrigo Mota, que foi à inauguração juntamente com três colegas do Instituto Superior Técnico. Outro amigo, Rui, destacou a forma como o desenho da passagem “não entra em conflito” com o meio que o rodeia.
 
As preocupações do grupo foram, porém, semelhantes às do presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS): como manter a passagem limpa, longe do vandalismo e em bom estado de conservação. “O que aqui inauguramos deve ser um motivo de orgulho que permitirá dar mais qualidade de vida a todos quantos vivem no Forte da Casa. Só espero que a passagem seja bem utilizada e não tenhamos um mau uso dela. Estou convicto que todos vamos estar à altura de a saber conservar”, apelou o autarca.
 
No discurso da inauguração, Alberto Mesquita lembrou que a obra era uma aspiração antiga e que a sua construção foi “repleta de dificuldades” que tiveram de ser ultrapassadas. Entre elas esteve a decisão de fazer os tabuleiros em pré-fabricado, uma decisão inédita na região.
 
A nova estrutura tem pilares com mais de 20 metros de altura que pesam, cada um, cerca de 33 toneladas. A maior peça da passagem pedonal é um tabuleiro pré-fabricado, colocado sobre a Estrada Nacional 10, com uma extensão de 35 metros e um peso de quase 100 toneladas. Os trabalhos de montagem decorreram durante a noite, em alguns locais a mais de 20 metros de altura.
 
A complexa operação de montagem de dois tabuleiros pré-fabricados obrigou ao corte da circulação na EN10 e da linha de comboio. Pronta desde Maio de 2014, a estrutura só abriu este mês por causa de imposições feitas pela Rede Ferroviária Nacional (Refer), no que dizia respeito à colocação de mais vedações de protecção em alguns locais, tarefa que só recentemente ficou concluída. A obra representa um investimento de um milhão e 360 mil euros, sendo que cerca de 560 mil euros foram financiados por fundos comunitários.
 
“É um momento há muito esperado e muito importante, não só pela ligação que proporciona mas pelo que simboliza, porque a aspiração de chegar ao rio a partir do Forte da Casa era muito antiga”, notou Jorge Ribeiro, presidente da nova União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.
 
A inauguração contou também com momentos de animação através do grupo de teatro Grutaforte e a actuação do grupo de reformados e pensionistas do Forte da Casa.»
 
Fonte: jornal O Mirante online, edição de 22 de janeiro de 2015 (http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=688&id=106509&idSeccao=12274&Action=noticia#.VNOY5CyJ1pk)
 
 
Veja ainda o vídeo disponibilizado por este jornal: carregue aqui.