Decorreu
na passada sexta-feira, dia 17 de janeiro de 2017, a sessão sobre a
Central de
Almaraz e suas consequências para o nosso país. Cerca
de duas dezenas e meia de cidadãos assistiram a uma sessão
esclarecedora, informada e em que o debate emergiu de forma animada após
as intervenções dos
convidados.
O
painel, composto pelo eurodeputado José Faria, o ativista nuclear António Eloy
e o Eng.º químico especialista em nuclear António Redol, foi unânime quanto aos
perigos para as populações vizinhas da central (nomeadamente Portuga)l e para o
Rio Tejo, bem como sobre os problemas que a central vem evidenciando, explicados
pelos sucessivos incidentes e até acidentes (54 registados, sendo que parou por
emergência 32 vezes e 3 vezes para manutenção), os quais, a extensão do prazo (de
35 para 40 anos) de funcionamento da central vem potenciar.
Concluiu-se
que a gestão da energia nuclear a nível europeu está subjugada a interesses, nomeadamente
económicos (no caso, a central gera cerca 161 milhões de lucro anuais), de cada país e não
existe uma verdadeira política europeia de energia, muito menos para gestão
(leia-se desmantelamento) da energia nuclear.
Foram
muitas as observações e questões vindas da plateia, apesar de composta, mas
tendo em conta o interesse do tema e qualidade do painel, fica uma vez mais
aquém de uma cidadania participativa.
Um
agradecimento a todos os intervenientes presentes e à Junta de Freguesia pela
cedência do espaço.