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Os Amigos do Forte, aproveitando a realização da reunião pública de Câmara na Freguesia do Forte da Casa, apresentaram ontem (17/Junho/2009) uma proposta de criação de circuitos pedonais e cicláveis nesta freguesia. Este trabalho, constante do plano de actividades da associação para este ano, envolveu diversas intervenções no terreno e pesquisa relevante na área, tendo ainda contado com a participação de associados e cidadãos interessados no tema.
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Segundo o nosso entendimento, que aliás se encontra alinhado com o de especialistas em mobilidade e transportes, ONG's, algumas instituição públicas nacionais e internacionais que se dedicam a destacar a importância dos meios de transporte suaves e dos próprios cidadãos, estamos nesta fase perante a necessidade de mudança de paradigma de mobilidade. Especialmente, ao nível dos movimentos diários no interior das localidades.
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Entendemos que o que está em causa é o ambiente, a economia, a escassez de recursos mas, consideramos que está essencialmente em causa a possibilidade de termos uma vida mais saudável e sustentável em todos os planos, bastando para tal actuar/mudar a tempo.
De acordo com o estudo elaborado e face às lacunas identificadas, como podemos observar na imagem infra, a proposta embora preveja uma espécie de rede interna de mobilidade alternativa à motorizada (tem na sua globalidade cerca de 14Km) é composta por 3 circuitos principais que se interligam entre si.
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1) A azul temos o circuito dos fortes, que tem como principais finalidades: a criação de uma rota histórica que atravessará os redutos defensivos da Linha de Torres (Invasões Francesas); criação de um circuito de manutenção (desporto ao ar livre); a ligação pedestre/ciclável à Verdelha; e fruição ambiental e paisagística;
2) A vermelho podemos ver o circuito urbano, que tem como principal objectivo criar meios de mobilidade alternativa (transportes suaves ou a pé) nas deslocações diárias e internas à freguesia (do tipo: escola-casa; casa-serviços públicos; comércio-casa);
3) O circuito ribeirinho, representado a laranja, tem o intuito de proporcionar a devolução da zona ribeirinha às pessoas e proporcionar, com mínimo impacto, a circulação de pessoas naquela zona, de modo a ser possível contactar com a natureza e paisagens únicas no nosso concelho.
Em síntese, no seu conjunto esta proposta poderá então ser encarada numa quadrupla dimensão - mobilidade; história/cultura; desportiva; ambiental/paisagística - e, face às características muitos especiais da nossa vila (naturais e de ordenamento do território), conjugadamente e com pouco investimento permitirá dar resposta a anseios e necessidades dos fregueses e munícipes.
Intimamente ligada à lógica interna de mobilidade, está a identificação da necessidade de criação de uma rede municipal e até intermunicipal de mobilidade alternativa aos automóveis e transportes públicos, não só com a criação de espaços destinados exclusivamente a este efeito, mas também com a preparação das vias de comunicação a construir ou a requalificar no futuro neste sentido.
A Sr.ª Presidente Câmara, Maria de Lurdes Rosinha, agradeceu a proposta, comprometeu-se a debruçar-se sobre ela e a estabelecer contactos num futuro próximo no sentido de discutir a problemática e conteúdo da mesma.
Esta proposta é por nós entendida e assumida como um documento de trabalho, um ponto de partida, uma maneira de colocar na ordem do dia estes temas e alertar para a satisfação destas necessidades, que carece de aprofundamento técnico, económico e cívico.
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Estamos abertos à participação crítica de todos, bem como ao esforço cívico e construtivo de melhoria! Para mais informações ou consulta do documento na sua integra, é favor enviar e-mail para amigosdoforte@gmail.com .