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No espaço de dois meses passaram pelas águas do Tejo integradas na Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) figuras importantes do panorama político nacional. Primeiro uma comitiva composta por António Costa (presidente da Câmara de Lisboa), Luís Patrão (presidente do Turismo de Portugal), acompanhados dos presidentes das câmaras de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira, bem como do presidente do Turismo de Lisboa e do Instituto da Conservação da Natureza, tendo em vista a implementação naquela área de um pólo de turismo sustentável.
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Depois, num segundo momento (dia 04/Set./2010), uma delegação do Bloco de Esquerda, onde marcavam presença Rita Calvário e Francisco Louçã (deputados à Assembleia da República) e outros elementos do partido, desceu o rio manifestando aos jornalistas as suas preocupações face às intenções do Estado, da Câmara de Vila Franca de Xira e entidades de ordenamento do território (vide notícia publica pelo jornal regional O Mirante aqui).
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Considerando o adensar dos intentos, essencialmente sobre a área da margem direita e mouchões integrados no território do município de Vila Franca de Xira, face à sua riqueza e importância estratégica não só para o referido concelho mas também para o país e a nível internacional (basta lembrar que está classificada como Zona de Protecção Especial; Rede Natura 2000; integra a lista de Sítios da Convenção de Ramsar) importa ter presente e acompanhar de forma mais vigilante as investidas e os processos que envolvem este tema.
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No que diz respeito ao município de Vila Franca, importa destacar que:
- Não há até ao momento qualquer informação ou esclarecimento oficial aos cidadãos e qualquer intenção de discutir ou promover sessões de esclarecimento (com a presença de especialistas e responsáveis) sobre as intenções em coagitação;
- Os projectos defendidos para os mouchões no passado eram negativos, penalizavam o meio ambiente e não promoviam ou preservavam vinham antes delapidá-lo;
- O projecto de requalificação ribeirinha entre Alhandra e a Póvoa de Sta Iria (ainda que essas áreas não integrem a RNET), em curso, far-se-á em proporção muito relevante à custa de parcerias pouco claras com privados e de urbanização de áreas com valor ambiental, sendo ainda desconhecidos os reais contornos dos projectos e os seus impactos (informação diminuta e incipiente);
- Não existe uma orientação estratégica sustentada e de futuro sobre o destino a dar a tão importante património.
Os Amigos do Forte prometem estar vigilantes.
Não deixe de acompanhar e participar activamente nas questões que envolvem este tema.
Neste âmbito propomos que visite a página oficinal da Reserva Natural do Estuário do Tejo, onde poderá ficar melhor esta área e conhecer as suas potencialidades (carregue aqui).
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