terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Microsoft oferece software de "transparência" ao governo


Excelente novidade. Aguardemos pela confirmação no terreno, no entanto não podemos deixar de referir que são boas notícias em prol da transparência e informação ao cidadão.

«Milhares de sites do governo podem disponibilizar dados estatísticos em três semanas.

Sérgio Martinho, responsável pela área de segurança da Microsoft Portugal, e Francesca Di Massimo, responsável europeia pela iniciativa Open Government da Microsoft, estão hoje reunidos "com as elites governativas portuguesas" para apresentar um software que agrega e publica milhares de dados de todos os órgãos públicos gratuitamente.

O objectivo é, num prazo de duas a três semanas, milhares de websites de autarquias, empresas, câmaras municipais, ministérios e outros órgãos públicos, terem toda a informação simples e acessível a qualquer cidadão. "Há dados que são públicos e não estão acessíveis às pessoas. O objectivo é abrir todos esses dados, sem nunca identificar ninguém", sublinha Sérgio Martinho. A plataforma e a estrutura já estão prontas, falta apenas o OK do governo.

O Open Government Data Initiative (OGDI) começou a ser aplicado na maioria dos países da União Europeia no início de Janeiro, com aprovação da Comissão Europeia. "A CE está muito interessada no conceito, porque os estados-membros são agora obrigados, por lei, a publicar a informação", diz ao i Francesca Di Massimo. Aproveitando a crise económica em toda Europa, a Microsoft oferece o software aos governos, com a contrapartida de passarem a "utilizar o sistema cloud computing".

A gigante norte-americana quer garantir a expansão do software (cloud computing) da Microsoft. E caso o governo português siga o ritmo dos restantes executivos europeus, passa a gravar e armazenar dados públicos dos cidadãos na "nuvem" controlada pela Microsoft, através da "plataforma Windows Azure". "Entramos todos num ecossistema", observa Di Massimo, responsável europeia da Microsoft pelo programa OGDI.

A nível de segurança, Sérgio Martinho, garante que "o software comporta nove medidas específicas de segurança", que muito dificilmente podem ser infiltradas.»

Fonte: Jornal i, por Cláudia Garcia, publicado em 27 de Janeiro de 2011

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