Infelizmente a montanha da reforma autárquica não só pariu um rato, como pariu um agravamento de impostos e uma não reforma, em síntese mais do mesmo. Juntam-se as cartas, baralha-se e volta-se a dar. Uma verdadeira mudança radical de 360º, em que o português é virado de cabeça para baixo de forma a caírem os últimos tostões que tem no bolso!!!
Parece que faltou uma (quem sabe) "secreta" coragem para arrumar a casa a nível ao autárquico!
Vem este comentário a propósito do artigo de opinião do Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios online de hoje, que se transcreve-se aqui:
«Olha-se para o acordo celebrado entre o Governo e os municípios e
fica-se incrédulo. Porque os desgraçados que vão pagar os disparates de
pelo menos 70 municípios é quem lá vive. Mas para se perceber melhor o
escândalo, recuemos no tempo. Quando a troika aterrou em Lisboa percebeu
logo o cancro que autarquias e regiões autónomas representam para as
finanças públicas. A mesma troika recomendou então a redução do número
de câmaras. Coisa que a classe política atirou rapidamente para o
caixote do lixo, substituindo-a pela redução de freguesias.
Enquanto não se decidia o que fazer com as freguesias, surgiu a novela do apuramento das dívidas das autarquias. A ANMP, associação do sector, falou em nove mil milhões; o Governo em... 12 mil milhões. Logo aí começou a desenhar-se um pacote de resgate draconiano para os municípios estrangulados. Só que dois meses depois a montanha pariu um rato: 70 municípios passam a ter acesso a uma linha de crédito de mil milhões de euros com "spread" de 0,25%. Em troca de..."voilá": agravamento de impostos (IMI, derrama...), taxas e serviços. Ou seja, não em troca do emagrecimento das câmaras e da penalização de quem as levou à falência, mas em troca de (mais uma) violenta vergastada nos "governados": os munícipes - famílias e empresas (depois ainda se queixam que não há investimento...).
Para o comum dos portugueses, que sente na pele a violenta austeridade, necessária para pôr a casa em ordem, isto é um escândalo. Cortesia de um ministro acossado e que precisava de tirar rapidamente um coelho da cartola? Ou o "cheiro" das eleições autárquicas no horizonte? Provavelmente ambos..»
Enquanto não se decidia o que fazer com as freguesias, surgiu a novela do apuramento das dívidas das autarquias. A ANMP, associação do sector, falou em nove mil milhões; o Governo em... 12 mil milhões. Logo aí começou a desenhar-se um pacote de resgate draconiano para os municípios estrangulados. Só que dois meses depois a montanha pariu um rato: 70 municípios passam a ter acesso a uma linha de crédito de mil milhões de euros com "spread" de 0,25%. Em troca de..."voilá": agravamento de impostos (IMI, derrama...), taxas e serviços. Ou seja, não em troca do emagrecimento das câmaras e da penalização de quem as levou à falência, mas em troca de (mais uma) violenta vergastada nos "governados": os munícipes - famílias e empresas (depois ainda se queixam que não há investimento...).
Para o comum dos portugueses, que sente na pele a violenta austeridade, necessária para pôr a casa em ordem, isto é um escândalo. Cortesia de um ministro acossado e que precisava de tirar rapidamente um coelho da cartola? Ou o "cheiro" das eleições autárquicas no horizonte? Provavelmente ambos..»
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=559685
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