Um ano após a reabilitação do reduto 38 e da Inauguração do Centro Interpretativo do Forte da Casa, relacionado com as denominadas Linhas de Torres construídas aquando das Invasões Francesas no século XIX, importa fazer algumas considerações sobre o decorrer deste tempo.
A associação “Os Amigos do Forte” desde sempre pugnou por estas medidas, por considerar que os vestígios relacionados com as Linhas de Torres são uma importante marca deste período da história do nosso país, tanto pelo contexto à época como também pelas repercussões que posteriormente ocorreram, raiz identitária que conferem à nossa freguesia e são também um contributo que pela sua natureza, quer a nível nacional como internacional, importa difundir, analisar e promover culturalmente.
Tem esta associação, na medida das suas possibilidades e ao programar algumas das suas actividades, tentado incluir este Centro como pólo aglutinador e ponto de partida das suas acções (aniversário da associação, périplo pelos pontos negativos da freguesia, rota dos fortes no interior da vila) como forma de o difundir e manter vivo.
É inegável antes de tudo reconhecer a importância do facto da existência do Centro, sem que no entanto tal nos constranja de enumerar um conjunto de reparos. Desde logo os seguintes:
- O Largo do Forte da Casa, que envolve o reduto n.º 38, permanece numa situação de indefinição, mantendo um aspecto de abandono pouco consentâneo com a importância histórica do reduto, bem como o facto de parte da muralha não ter sido posta a descoberto (registamos que o Senhor Vereador responsável pelo património tem referido ser intenção do município proceder à resolução desta questão);
- As vicissitudes decorrentes da abertura regular do Centro continua por resolver satisfatoriamente, ainda que da mesma forma tenha sido manifestada a intenção de ultrapassar a situação;
- O percurso pedonal que ligue todos os fortes existentes na vila (proposto pela Associação) continua por concretizar;
- A Sociedade Central de Cervejas destruiu parcial mas gravemente o reduto nº 36 já vai para 6 anos, e o facto é que a empresa perante o município e os cidadãos do concelho continua a ter uma atitude negligente, não assumindo as suas responsabilidades;
- Apela-se ao município para que desenvolva esforços no sentido de que no âmbito do Turismo Cultural, se promova os vestígios das Linhas de Torres no concelho, não só em relação aos nossos concidadãos do concelho, como também aos de todo o país bem como aos que poderão vindo exterior.
Pela nossa parte continuaremos a trabalhar para que este particular pedaço da nossa história seja cada vez mais valorizado e divulgado, pois o Forte, o Concelho e país têm muito a ganhar com isso (especialmente depois de todo o investimento realizado)
A Direcção da Associação Cívica “Os Amigos do Forte”
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