Num comentário breve sobre a última assembleia de freguesia do Forte da Casa, realizada no dia 17 de Dezembro de 2011, cuja finalidade principal foi a de debater e votar o Orçamento da Junta de Freguesia para 2012, em que para além daquele e da habitual votação da acta de assembleia anterior, ocorre o tempo dedicado ás questões colocadas pelos diversos partidos ao executivo da Junta, bem como a apresentação de moções.
No período relativo à apresentação de moções, não deixa de ser curioso que a bancada do PSD/CDS (Novo Rumo) a propósito de uma moção por si apresentada sobre o Centro Interpretativo do Forte da Casa, tenha sido feita referência à existência de um alegado protocolo entre a nossa Associação e a Junta de Freguesia do Forte da Casa. O facto é que a respectiva bancada ou anda mal informada ou não cuidou de confirmar a autenticidade da informação.
Naturalmente que no período reservado à intervenção do público, foi devidamente esclarecido que não existe qualquer protocolo entre Junta e Associação. A reunião havida com a Junta destinou-se a assegurar apoio logístico para a realização do debate que realizamos no Centro Interpretativo sobre a proposta do governo da república acerca da Reforma da Administração Local. Outras iniciativas que levemos a efeito no Centro Interpretativo, serão precedidas naturalmente de contactos com a Junta com vista à disponibilização do espaço.
Neste particular, enquanto estrutura cívica que se tem empenhado pela divulgação das questões ligadas às Linhas de Torres, não deixaremos dentro das nossas possibilidades de dinamizar o Centro com iniciativas que o promovam junto dos nossos concidadãos.
Aguardamos que outras estruturas potenciem aquele espaço.
Quanto a esta questão, o que há por parte dos cidadãos a cuidar é se o protocolo, esse sim existente entre a Junta do Forte da Casa e a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, qual o conteúdo, de que forma está a ser cumprido por um lado e por outro se o mesmo disponibiliza os meios necessários para uma gestão adequada daquele espaço.
Feito o comentário sobre este aspecto em concreto e para não alongar demasiado esta nota, não é feita referência a outras questões que também foram abordadas na Assembleia, para que com preocupação se constate que os diversos partidos com assento na Assembleia não se tenham entre outros aspectos pronunciado sobre o seguinte:
- Porque não foi ainda implementado o protocolo assinado entre a Junta e a Câmara sobre a mobilidade no interior da vila com vista à eliminação das barreias físicas, que dificulta a circulação dos nossos concidadãos pelos passeios;
- O estacionamento de viaturas nos locais destinados a peões é uma constante na vila, sem que se proceda a uma acção continuada de providenciar e organizar locais de estacionamento que venham a colmatar o crescente aumento de viaturas;
- A limpeza da vila é algo que em diversos pontos fica muito aquém do que seria desejável;
- O recinto do mercado onde se realiza a feira de levante encontra-se num estado deplorável, sem que até à data se tenha avançado na resolução deste problema;
- Sob o ponto de vista cultural, a ausência de qualquer programação por parte da junta é confrangedora.
Para finalizar, no fundamental o que se pode depreender desta sessão e face aos cortes orçamentais verificados por via da austeridade que se vai impondo ao país, os diversos partidos ali representados para além da moção apresentada, votada e aprovada sobre a Reforma da Administração Local, primam pela ausência de propostas que visem dinamizar culturalmente a vila do Forte da Casa, tendo em conta o potencial em termos turísticos que pode representar a existência do Centro Interpretativo das Linhas de Torres.
Forte da Casa, Dezembro de 2011
Eduardo Vicente
Presidente da Direcção
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