terça-feira, 27 de março de 2012

Balanço da atividade "Na rota das aves: salinas do Forte da Casa e Alverca (IBA PT042)"


Conforme planeado decorreu no passado sábado (dia 24 de Março) uma das atividades centrais do nosso plano para este ano. Uma ação em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), que contou com 15 participantes, para lá dos membros da organização das duas entidades.

A iniciativa que tinha por finalidade fruir e ao mesmo tempo destacar a importância da parcela território compreendida entre a linha férrea (a oeste), frente ribeirinha (a este), Ribeira dos Caniços (sul) e área da força aérea/OGMA (a norte), inserida nas freguesias do Forte da Casa e Alverca, classificada como international bird area (IBA), sendo portanto de especial importância para as aves (nidificação, migração e residência) que constituiu um verdadeiro reservatório de esperança para o concelho e freguesias abrangidas, não só por esse valor ornitológico, mas também pelo seu valor ambiental, potencial lúdico, sustentabilidade e equilíbrio na utilização do território e até turístico.

Pouco passava das 9 horas quando o animado grupo, munido de binóculos, telescópios e guias da especialidade, que contava com elementos já habituados a estas andanças entre outros que davam os primeiros passos, avançou em direção ao rio, localizando e trocando as primeiras impressões sobre as espécies com as quais se ia cruzando.

Apesar do dia cinzento, a chuva marcou muito ao de leve a atividade, não sendo suficiente para quebrar o ímpeto dos participantes que cumpriram com interesse e entusiasmo a totalidade o percurso, tendo ao longo deste partilhado o habitat com as diversas espécies. Contaram-se inúmeros patos-real, garças-real, águias-sapeira, guinchos, andorinhas-das-chaminés, galeirões, pernilongos e alguns patos-colhereiro e graças-vermelha. Escapou apenas o pato-de-bico-vermelho!

Todos saímos com o interesse e conhecimento reforçados, alguns até surpreendidos pelo valor ornitológico, paisagístico e ambiental de uma área tampão entre o rio e a pressão urbana que sobre ele se debruça o longo da margem direita a partir de Vila Franca, bem como toda a RNET.

Resta agradecer à SPEA a disponibilidade e apoio, em especial aos 4 técnicos que marcaram presença, e com seu conhecimento técnico e entusiasmo tornaram possível e densificaram esta atividade. Especial agradecimento à Joana Andrade (assistente do departamento de conservação da SPEA), que desde o inicio foi incansável na preparação da ação e que veio depois a conduzir de forma segura e graciosa o voo que realizamos ao longo de toda a manhã!

Deixamos de seguida o registo fotográfico.


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